PM vai intensificar fiscalização contra jogos de azar em Londrina
Sala com máquinas caça-níqueis foi descoberta funcionando em prédio no Calçadão; prática é contravenção penal
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 09 de julho de 2024
Sala com máquinas caça-níqueis foi descoberta funcionando em prédio no Calçadão; prática é contravenção penal
Pedro Marconi
A PM (Polícia Militar) se prepara para intensificar a fiscalização contra locais clandestinos que funcionam com jogos de azar no centro de Londrina. Na tarde de segunda-feira (8), as equipes descobriram que uma sala no terceiro andar de um prédio no Calçadão era utilizada como um cassino, com quatro máquinas caça-níqueis funcionando. Os policiais foram até o local após denúncias anônimas.
"A mulher que estava atendendo confirmou que funcionava o cassino e que o local foi alugado exclusivamente para essas máquinas, que são de jogos de azar, contravenção. São ilegais, por isso, precisaram ser apreendidas”, frisou o capitão Emerson Castro, porta-voz do 5º Batalhão da Polícia Militar. “Essa senhora assinou compromisso de comparecer na Justiça e foi liberada”, explicou.
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A lei de Contravenções Penais, no artigo 50, estabelece que "explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele" é uma infração penal, no entanto, de menor gravidade se comparado com um crime. Entretanto, os responsáveis podem ser punidos com prisão que varia de três meses a um ano e multa.
REGULAMENTAÇÃO
O Congresso Brasileiro tem discutido a liberação desses jogos no Brasil. No mês passado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou o projeto que autoriza o funcionamento de bingos e de cassinos e regulariza jogos de azar, como o “Jogo do Bicho”, e apostas no País. O texto, que tem gerado polêmica em alguns setores da sociedade, aguarda análise do Plenário da Casa.
IDOSOS
Enquanto a prática segue ilegal, a Polícia Militar destacou que vai combater os jogos de azar. “Existem outras máquinas no centro, outros locais estão sendo denunciados. Vamos fazer um estudo prévio e de forma estratégica dar cumprimento a diligências e ainda fazer as apreensões e, quando necessárias, prisões”, alertou o capitão Castro. “Geralmente são pessoas idosas (que jogam), que deixam de usar o dinheiro no lar, passam até necessidades. Quem vai para estes locais é para perder dinheiro”, pontuou.