A Polícia Civil concluiu o inquérito da morte do policial militar Bruno Felipe Monteiro do Prado, 34. O soldado - que era lotado na 4ª Companhia Independente, hoje 30º Batalhão - foi assassinado a tiros em 14 de setembro de 2020, quando passava de moto pela rodovia Carlos João Strass, na zona norte de Londrina, perto do lago Cabrinha. Ele não estava em horário de serviço. Na época, disparos também atingiram dois carros na via. Um adolescente de 17 anos foi a óbito e uma passageira ficou ferida e sobreviveu.

A investigação apontou que a execução foi uma reação de traficantes pela morte de dois homens em confronto com a PM e também para inibir o policiamento ostensivo na região norte. “No final de 2019, o ‘Valbinho’ morreu em confronto e em junho de 2020 o ‘Pirrela’ também foi morto após abordagem dos militares. Como essas pessoas eram envolvidas com o crime, o vulgo ‘Bebê’, irmão do ‘Valbinho’, se juntou com o vulgo ‘Moacir o Véio’ para realizar a ação”, explicou o delegado João Reis, titular da delegacia de Homicídios.

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Além dos dois mandantes, o delegado informou que seis pessoas participaram do crime. “Tudo começou no dia 12 de setembro daquele ano. Foi furtado um veículo Hyundai Santa Fé em Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), que passa pela praça de pedágio (de Jataizinho). Aqui em Londrina foi preparado, colocado placa clonada, inuslfilm. Esse veículo ficou oculto num ponto de tráfico de drogas da cidade”, relatou.

De acordo com o inquérito, no dia em que o policial foi vítima do homicídio, a Santa Fé passou sete vezes em frente ao local em que Bruno fazia serviços fora do expediente da corporação. “Esse carro sempre ficava perto do lugar para seguir o PM. Quando o Bruno saiu, um deles avisou os demais”, destacou. “A morte do Bruno Prado foi aleatória, naquele dia não era nem para ele estar no local. Poderia estar outro, mas ele acabou cobrindo folga. Eles sabiam que sempre tinha um policial naquele local.”

MORTOS, PRESO E FORAGIDO

Dos indiciados, cinco perderam a vida em confrontos registrados com a Polícia Militar e um morreu, recentemente, após cair do telhado. Com um deles, inclusive, foi encontrada a arma usada para atirar contra o soldado e o adolescente, o que foi comprovado em exame balístico. Já aqueles os responsáveis por ordenar o assassinato, um está detido no presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte - ele seria o líder de uma facção criminosa no Paraná - e o outro é foragido.

Porta-voz do 30º Batalhão da PM, o tenente Emerson Castro garantiu que os homens que morreram nas trocas de tiros, e que tinham ligação com o atentado, foram abordados num trabalho de rotina. “Muitas vezes recebemos denúncias, mas outras vezes temos o patrulhamento ostensivo, em que a abordagem é feita com base na suspeição. Os criminosos não se intimidam e muitas vezes optam por confrontar. Temos técnica, treinamento e garantimos o nosso exercício de fazer foça frente à criminalidade. O resultado, muitas vezes, é a morte desses bandidos.”

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