Pisca-pisca não é enfeite de carro
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 16 de outubro de 2001
Marcos Zanatta
Há alguns anos, quando o semáforo ciclovisual começou a ganhar mercado em todo o País, o responsável pela fabricação do equipamento em Maringá, Pérsio Bortoloto, disse que diante da evolução do veículo e das leis de trânsito, o velho sinaleiro era o único que continuava o mesmo. Pérsio se esqueceu que o motorista também não mudou e resiste em se adaptar a certos equipamentos dos veículos, como o pisca-pisca.
Quem dirige pelas ruas de Maringá fica impressionado pelo desprezo dos motoristas ao instrumento de sinalização. A impressão é que fizeram aulas de condutor de veículos no dia em que os instrutores dos centros de formação de condutores também se esqueceram da existência do equipamento. Quem dirige de verdade e respeita as regras de trânsito sabe da importância do pisca-pisca, e não deixa de usá-lo.
Nas rotatórias que existem em todas as avenidas de Maringá, é flagrante a falta de conscientiazação do motorista. Um simples acionar do pisca, quando o condutor está saindo da rotatória para alguma avenida, ajudaria e muito o fluxo de veículos. Isso, no entanto, não acontece. Aliás, muitos motoristas deixam de sinalizar até quanto estão saindo dos locais onde estacionaram.
Por outro lado, o motorista se adaptou com muita facilidade à obrigatoriedade do cinto de segurança, e o que não se pode saber se isso ocorre por causa da multa a que o infrator está sujeito ao não usá-lo. Se assim for, a conclusão é que os condutores que não utilizam o pisca também deveriam ser multados.
Não será fácil fiscalizar, pois exige a presença constante de policiais de trânsito em locais onde as infrações costumam ser frequentes. Mas é uma forma de pressionar o motorista.