Paulo Henrique Faria
De Londrina
Especial para a Folha
O pedreiro Adalto Pereira da Silva, residente no Jardim San Rafael, em Ibiporã (14 quilômetros a leste de Londrina), levou dois tiros na tarde de segunda-feira. O principal acusado é o seu ex-ajudante, identificado por ‘‘Vitão’’. O crime aconteceu na casa de Silva.
Segundo a polícia, ambos trabalhavam numa construção em Londrina quando Adalto descobriu o furto de um rádio praticado pelo ajudante. Há uma semana, o pedreiro localizou o dono do rádio e o devolveu.
Ainda segundo relato da polícia, Vitão foi à casa de Adalto exigindo R$ 10,00 pelo ‘‘acerto de contas’’. Adalto se recusou a pagar a quantia, os dois acabaram discutindo e Vitão sacou o revólver calibre 32, disparando quatro tiros. Dois atingiram o pedreiro na região do tórax e abdômen. O pedreiro está internado em estado grave no Hospital Cristo Rei e Vitão está foragido.
O Aeroclube de Londrina foi invadido no último domingo e ladrões furtaram equipamentos de um avião. Os funcionários do aeroclube acreditam que o roubo tenha ocorrido por volta das 8h30. Foram levados do monomotor, com capacidade para quatro pessoas, bússola, microfone, cronômetro e um relógio de painel, além de ferramentas.
Nem a polícia, nem os seguranças do aeroclube sabem dizer quantas pessoas estão envolvidas no furto, que só foi percebido porque um segurança encontrou um motor jogado no gramado durante uma ronda, perto das 9 horas. Eles acreditam que o furto envolveu mais de um homem devido ao peso do motor. Suspeita-se também que foi graças ao peso que os ladrões abandonaram o motor na grama.
Segundo o piloto e proprietário do avião arrombado, Fernando Torres Ortega, o prejuízo foi de R$ 1.562,00. Seu avião está avaliado em 65 mil dólares. Mas para Ortega o problema maior não é nem com o prejuízo material. ‘‘Minha preocupação é com sabotagem, que só dá para descobrir durante o vôo, quando pode ser tarde’’, preocupa-se o piloto. Ele também não acredita em ação de uma quadrilha especializada, já que esta foi a primeira vez que isso acontece, mas acha que o material levado pode ter sido encomendado. ‘‘É muito esquisito esse tipo de roubo, visto que os materiais roubados só servirão se forem repostos em outro avião’’, deduziu Ortega.
A polícia ainda não tem pistas sobre os autores do roubo. ‘‘Realmente, esse tipo de ocorrência é muito raro. Se for ação de uma quadrilha, essa é a primeira vez que eles agem na região’’, afirmou Acácio de Azevedo, delegado-adjunto da 10ª Subdivisão Policial de Londrina.