Usuários do transporte coletivo em Londrina têm reclamado de alterações constantes e sem aviso prévio do itinerário dos ônibus que utilizam a avenida Leste-Oeste para entrar no Terminal Central. Obras de troca da pavimentação são realizados na via e os serviços estão concentrados nas proximidades da rua Professor João Cândido e avenida São Paulo, com pontos de interdição na região.

O principal alvo de protesto é a linha 311, jardim Santa Rita. De acordo com um servidor público municipal, que preferiu não ser identificado, a distância entre o trajeto normal e com mudança chega a mais de cinco quarteirões e gera atrasos. “Recentemente cheguei atrasado no serviço por conta disso. Têm muitos idosos que usam o ônibus e precisam andar muito mais”, relatou. Ele apontou que o problema não é a alteração do percurso, mas a falta de comunicação. “Ficamos reféns da não informação e contando com a sorte”, criticou.

O servidor ainda afirmou que ligou na CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) na segunda-feira (15), por volta das 8h, para falar dos transtornos, entretanto, teria sido informado de que não havia ninguém para registrar a demanda. “Pagamos pelo serviço e não tem respeito. Achei um absurdo. Falta transparência no serviço.”

SUSTO

Precisando usar a linha 311 três vezes por semana para ir ao fisioterapeuta, a dona de casa Carmen Pereira disse que se assustou quando o veículo começou a fazer outro percurso. “Foi parar na Pio XII e achei que tinha entrado no ônibus errado. Só depois que voltou para perto do terminal que vi que era pela obra. Mas ninguém comentou nada sobre isso”, afirmou.

Também há casos de mudanças com o motorista alertando os passageiros. “Há alguns dias o ônibus passou a ir por outras ruas ao invés da Leste-Oeste, porém o motorista falou antes até para o pessoal se organizar e entender o que estava acontecendo. Agora voltou ao normal”, destacou a auxiliar de serviços gerais Denise Silva, que utiliza a linha do conjunto Maria Cecília.

LONGA ESPERA

Outra contestação de usuários é a modificação dos horários e trajetos envolvendo os veículos que passam pelo conjunto João Paz, na zona norte. Apesar de promovidas há cerca de seis meses, os contratempos continuam dando “dor de cabeça”. “No começo da manhã e final da tarde até tem ônibus para ir para o bairro, mas fora disso ficamos esperando um longo tempo no Terminal do Milton Gavetti. Com a pandemia, é uma preocupação a mais, porque não podemos ir para casa logo”, refletiu a aposentada Silvana Alves.

SEM RESPOSTA

A reportagem entrou em contato com assessoria de comunicação da CMTU, que não encaminhou resposta sobre as reclamações das mudanças dos itinerários até o fechamento desta matéria.