Quem trabalha na linha de frente contra a Covid-19 tem sentido na pele como é esse enfrentamento. Desde o começo da pandemia, em março do ano passado, a doença infectou 452 servidores da Secretaria de Saúde de Londrina. Isso representa 15% do total de trabalhadores, cerca de três mil. Os números compreendem o mês de junho, quando os dados começaram a ser computados, até esta quarta-feira (17).

Imagem ilustrativa da imagem Pandemia já afastou do trabalho mais de 400 servidores da Secretaria de Saúde
| Foto: Emerson Dias/N.Com

O levantamento foi repassado à FOLHA pela Ouvidoria-Geral do Município por meio da Lei de Acesso à Informação. A reportagem quis saber se os casos foram leves e onde os funcionários públicos infectados trabalham, mas a secretaria informou que não tem esses detalhes. O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, não avalia a estatística de contaminados como alta. "É preciso levar em conta que muitos podem ter pegado o vírus fora do serviço", disse.

Segundo ele, a compra sucessiva dos equipamentos de proteção, como máscaras e álcool gel, tem ajudado na prevenção. "Capacitamos os servidores, mas a contaminação, na maioria das vezes, é inevitável. Quando confirmamos um caso, monitoramos as outras pessoas que trabalham. Se subir para três contaminações no mesmo espaço, fechamos a unidade, afastamos os profissionais e realizamos uma desinfecção", comentou Machado. Ele não soube detalhar as funções dos funcionários que positivaram para a Covid-19.

Postos volantes

Desde março do ano passado, a Secretaria de Saúde mantém seis UBSs atendendo exclusivamente para casos suspeitos de Covid-19 com sintomas mais leves. Os locais disponíveis são a UBS Jardim Guanabara (centro), Bandeirantes (oeste), Ouro Branco (sul), Chefe Newton e Maria Cecília (norte), e Vila Ricardo (leste). Os atendimentos ocorrem das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira.