Pais e alunos relatam medo de atropelamento na frente de colégio no centro de Londrina
Direção do Colégio Estadual Vicente Rijo pediu a instalação de uma faixa elevada na Avenida JK
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quinta-feira, 04 de novembro de 2021
Direção do Colégio Estadual Vicente Rijo pediu a instalação de uma faixa elevada na Avenida JK
Rafael Machado - Grupo Folha
Atravessar a Avenida JK, no centro de Londrina, em horários de pico é uma tarefa que requer paciência e muito cuidado de qualquer pedestre. Esse é o desafio que pais, alunos, servidores e professores do Colégio Estadual Vicente Rijo, o maior da cidade, precisam cumprir todos os dias. Porém, pelo menos dois obstáculos aparecem no meio do caminho: o desrespeito dos motoristas com a faixa de pedestres e a alta velocidade dos veículos.
O medo de ser atropelado também é companheiro dos pais e estudantes da Escola Municipal Norman Prochet, que desde o começo do ano utiliza 14 salas do Vicente Rijo. Foi o jeito encontrado para abrigar as crianças durante a reforma da unidade localizada no Parque Guanabara, na zona sul. As obras, no entanto, estão atrasadas.

Somadas, as instituições de ensino reúnem cerca de 1,6 mil pessoas por dia, entre alunos e funcionários. A FOLHA foi conferir a reclamação da comunidade escolar e identificou várias imprudências. No vídeo abaixo, por exemplo, uma idosa tenta atravessar com o filho que havia acabado de sair da escola e uma moto passa sem respeitar os pedestres. Em outro momento, um veículo para em cima da faixa após um pequeno congestionamento se formar na avenida.
Diante do risco de acidentes, a diretora do Vicente Rijo, Maria Beatriz Bernardy Martinez, pediu a construção de uma faixa elevada ao lado do ponto de ônibus na JK. "As aulas estão 100% presenciais desde o dia 27 de setembro, o que aumentou bastante a circulação de pessoas por aqui. O movimento já é grande principalmente às 7h, na hora do almoço e no final da tarde. Tenho ainda mais receio de alguém ser atropelado depois que a rede municipal veio pra cá", relata.

Realidade que a coordenadora pedagógica da Norman Prochet, Francielle Barrinuevo Zambon, conhece bem. "Sabíamos que o tráfego de veículos sempre foi intenso nessa região. Como a escola está aqui, muitos pais têm dificuldades de estacionar e pegar os filhos na saída das aulas. Boa parte dos motoristas respeita a faixa, mas outros não estão nem aí", afirma.
A advogada Jéssica Oliveira explica à FOLHA que fica com medo do sobrinho, que estuda na escola municipal, ser vítima de acidente. "Precisamos urgente da faixa elevada. Dá pra perceber que os carros não param. Até a professora tem que ajudar os alunos a atravessaram a avenida", observa.
Mãe de uma estudante, a técnica de enfermagem Soraya Cotrim tem a mesma opinião. "Já passou da prefeitura fazer alguma coisa. Tem gente que respeita, outros param no meio da faixa. Aí fica difícil". A comerciante Ana Cantoni segue o mesmo raciocínio. "Tenho uma sensação de pânico quando passo por aqui. Meu coração até disparava de medo", relata.
Procurada, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) informou que a Diretoria de Trânsito está analisando a possibilidade de implantar uma faixa elevada no trecho, mas não estipulou data para atender ou não o pedido.

