Professores da rede estadual em Cascavel estão recebendo apoio de pais e alunos na campanha por melhores salários e condições para exercício da profissão. Ontem, houve passeatas e vigília na frente da Catedral Arquidiocesana e no Colégio Polivalente. Pais e alunos se encarregaram de ‘‘fechar’’ as portas do estabelecimento no início de cada turno de aula, demonstrando solidariedade.
Membros da Associação de Pais e Mestres do Polivalente, como Lorien Schlichting, disseram estar preocupados com a possibilidade de que, após reduzirem a duração de cada aula, os professores partam para a greve integral, no dia 23. ‘‘Não queremos que chegue a este ponto, mas é preciso reconhecer a difícil situação do magistério no Estado’’, disse a mãe de aluno.
Para o professor Eder Menezes, a solidariedade da comunidade ‘‘mostra que não estão em discussão apenas os interesses de uma categoria’’. Maurício Santos da Luz, vice-presidente da Associação Cascavelense de Estudantes Secundaristas, garante que a ‘‘adesão’’ dos alunos cresce gradativamente ‘‘na medida em que eles vão se convencendo de que a causa é comum’’.
No caso do Colégio Polivalente, por exemplo, o Estado repassa mensalmente menos de R$ 1 mil para atividades gerais, o que equivale a um sexto dos gastos. A direção e a comunidade escolar são obrigadas a realizar ‘‘festinhas’’ e outras promoções para garantir a reconhecida qualidade do ensino.