O Brasil se despende nesse fim de semana do verão. Na esteira dá boas-vindas para o outubro, que começa oficialmente às 12h33 de domingo (20). A estação deve trazer um clima mais ameno para o Norte do Paraná em relação aos últimos dias, com as mínimas e as máximas diminuindo de dois a três graus, ficando abaixo dos 20 graus e 30 graus, respectivamente.

“Uma frente fria está avançando pelo Sul do País. Vamos sentir um aumento da temperatura, com condição de chuva para sábado (19) e domingo apenas nebulosidade. Em seguida teremos esse ligeiro declínio da temperatura”, explicou Angela Costa, agrometeorologista do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná).

O clima mais agradável e menos abafado deverá se intensificar na segunda quinzena de abril, quando está previsto o ingresso de uma massa de ar de origem polar. A especialista destacou que o outono também terá a influência no fenômeno La Ninã, assim como foi no verão. “O La Ninã deve se manter no início do outubro. Vai chover, mas não atingindo a média climatológica, apesar que já temos uma diminuição no volume de chuvas no outono e mais ainda no inverno”, destacou.

Londrina e região se despedem do verão com chuvas numa quantidade inferior à média histórica para o período. De dezembro até quinta-feira (17) choveu 333 milímetros, enquanto que a média é de 549 milímetros. Na divisão por meses, janeiro registrou 88 milímetros de chuvas, fevereiro 90 milímetros e março 154 milímetros.

“Embora tenha chovido bastante, não foi suficiente devido ao fenômeno La Ninã que está agindo. Com isso as chuvas são irregulares e mal distribuídas. Sistemas polares até entram, mas passam muito rápido, temos bloqueios atmosféricos. No Norte do Brasil acontece ao contrário, com chuva em abundância e em excesso, como tivemos recentemente”, pontuou.

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AGRICULTURA

A agrometeorologista alertou que a irregularidade na chuva associada ao baixo volume pode gerar prejuízos no campo. “As chuvas são muito importantes em determinadas fases das culturas, como floração e enchimento de grãos. A falta da chuva compromete a produtividade, pastagens e vai dar problema na alimentação dos animais, impacta no resultado da economia. Além disso, afeta hidrelétricas e os custos impactam a população”, elencou.

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