A Polícia Civil do e o Ministério Público participam, nesta terça-feira, em Londrina e em Centenário do Sul, de uma operação contra organização criminosa que seria responsável por fraudes em processos licitatórios e contratos administrativos para prestação de serviços médicos em hospitais públicos e no Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema, em Londrina e outras cidades do Norte do Estado. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja superior a R$ 66 milhões.

Imagem ilustrativa da imagem Operação em Londrina mira grupo suspeito de fraudes em serviços médicos
| Foto: Polícia Civil - Divulgação

Policiais estão nas ruas para cumprir 15 mandados de busca e apreensão, simultaneamente em Londrina e Centenário do Sul. De acordo com informações da PC, entre os envolvidos no grupo criminoso estão empresários, médicos e agentes públicos. Também serão cumpridos bloqueios de valores e apreensão de automóveis dos envolvidos. A ação também contou com apoio da Polícia Científica.

HÁ DOIS ANOS

As investigações tiveram início há mais de dois anos. A PC verificou que as fraudes ocorriam desde 2013 e consistiam na facilidade dada a determinado grupo empresarial em diversos procedimentos licitatórios.

Um ex-diretor do Cismespar foi apontado pela polícia como um dos envolvidos na organização criminosa. Ele teria lucrado através de fraudes durante gestão municipal de saúde. Durante as diligências, a Polícia Civil constatou que ele seria diretamente ligado ao grupo empresarial envolvido nos crimes. Ainda de acordo com a PC, a esposa do suspeito é uma das médicas envolvidas na organização. Ela seria responsável por uma das empresas pertencentes ao núcleo empresarial.

Dentre as fraudes apuradas, foram constatados dois procedimentos de dispensa a licitações de prestação de serviços médicos na Prefeitura de Cambé (Região Metropolitana de Londrina), em 2017. Uma empresa das médicas envolvidas teve êxito, aponta a PC, na contratação da empresa após rescisão unilateral do contrato com empresa anterior.

Posteriormente, médicos concorrentes teriam sido contratados pela própria empresa investigada para prestação de serviços em hospital de Cambé.

AGENTES PÚBLICOS

A PC também apurou que agentes públicos faziam intermediações em busca de facilidades em prol das empresas investigadas. Além disso, foi verificada a criação de empresas do mesmo grupo em nomes de funcionários para justificar gastos das investigadas.

Além das fraudes licitatórias, a organização criminosa é suspeita de lavagem de dinheiro. As diligências da PC apontam diversas manobras recorrentes do crime, envolvendo dinheiro público que seria destinado à prestação de serviços médicos. (Com informações da Polícia Civil do Paraná)


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