São Paulo - Para enfatizar a importância de ações políticas focadas na prevenção de futuras pandemias, a Proteção Animal Mundial - ONG que trabalha em prol do bem-estar animal, solicita que os ministros da saúde dos países do G-20 apoiem o fim do comércio de animais selvagens e da destruição de seus habitats. A solicitação foi enviada na última quarta-feira (19), em carta aos ministros de bloco, incluindo os brasileiros da Saúde, Marcelo Queiroga, e de Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, nos dias que antecedem o encontro ministerial o Global Health Summit que reúne líderes do G-20, na sexta-feira (21), para troca de experiências e conhecimentos no combate à pandemia do novo coronavírus.

Imagem ilustrativa da imagem ONG pede fim do comércio global de animais selvagens
| Foto: STR / AFP

Entre outros temas, a organização pede que os ministros adotem o princípio de que a proteção de um bem público, como a resiliência sanitária global, deve prevalecer sobre o interesse privado e que toda a comercialização de animais selvagens seja proibida, incluindo seu uso como animais de estimação, como matéria-prima para itens de luxo, como ingredientes da medicina tradicional, como fonte de entretenimento e, sempre que possível, como fonte de alimento.

Como confirmado pela missão de averiguação da OMS (Organização Mundial da Saúde) em Wuhan (China), a transmissão do novo coronavírus de morcegos para humanos provavelmente ocorreu através de um hospedeiro intermediário. Assim, o contato cada vez mais direto entre pessoas e vetores/reservatórios de doenças da vida silvestre, impulsionado pelo crescente comércio de animais selvagens e pela destruição sem precedentes dos habitats naturais, acelera o potencial de propagação global dos vírus.

A Proteção Animal Mundial (anteriormente conhecida como Sociedade Mundial para a Proteção Animal) trabalha para melhorar o bem-estar dos animais e evitar seu sofrimento. As atividades da organização incluem trabalhar com empresas para garantir altos padrões de bem-estar para os animais sob seus cuidados; trabalhar com governos e outras partes interessadas para impedir que animais silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou mortos; e salvar as vidas dos animais e os meios de subsistência das pessoas que dependem deles em situações de desastre. A organização influencia os tomadores de decisão a colocar os animais na agenda global e inspira as pessoas a mudarem a vida dos animais para melhor. (Com informações da ONG)

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