Obras usará bloqueador inflável para estancar vazamento no Igapó
Nesta terça-feira, bombeiros mergulharão no lago para instalar o equipamento, emprestado pela Sanepar
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Nesta terça-feira, bombeiros mergulharão no lago para instalar o equipamento, emprestado pela Sanepar
Heloisa Gonçalves

Após a construção de uma comporta de madeira para reprimir o vazamento no Lago Igapó 2, como medida emergencial tomada no último sábado (22), a Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação de Londrina, juntamente do Corpo de Bombeiros e Sanepar, estudou novas formas de estancar o escoamento de água para o Lago Igapó 1.
A ciclovia e parte da pista da Avenida Higienópolis sentido centro-bairro, entre as ruas Professor Joaquim de Matos Barreto e Bento Munhoz da Rocha Neto, foram interditadas na tarde desta segunda-feira (24) para manutenções nas comportas sob a transposição dos dois lagos.
O Corpo de Bombeiros foi chamado ao local para estabelecer os protocolos de segurança para a próxima fase do conserto do vazamento, que ainda não será definitivo. Antonio Gil Gameiro, gerente-geral da Região Nordeste da Sanepar, explicou à FOLHA que os bombeiros utilizaram, nesta segunda, uma câmera especial da companhia para filmar as tubulações debaixo d’água e “fazer uma panorama de como está a situação lá embaixo”.
Com as gravações, a Secretaria de Obras decidiu complementar o ensacamento que foi feito e utilizar bloqueadores infláveis. Nesta terça-feira (25), a partir das 14h, um guindaste soltará mais bolsas de areia no local do rompimento, com o objetivo de fechar a entrada da tubulação. Após o estancamento da água, bombeiros irão mergulhar no Lago 1 para instalar os bloqueadores emprestados pela Sanepar, que podem se expandir até 1,20m, e assim, irão fechar a saída e consertar a comporta.

O ensacamento inicial mencionado pelo secretário de Obras, Otávio Gomes, são os sacos de areia empregados para obstruir o vertedouro danificado no dia 14 deste mês, responsável por regular a vazão do lago. Uma das bolsas, de mais de uma tonelada, se rompeu no último fim de semana por conta da forte pressão da água, levando à construção da comporta de madeira.
Mudança no sistema
A adição da comporta de madeira no local do rompimento foi útil para diminuir o vazamento, que no momento é “aproximadamente um quarto do primeiro cenário que tínhamos”, informou o secretário. Constatado na última sexta-feira (21) à noite, antes de a bolsa de areia romper, o nível da água estava cerca de 25 centímetros abaixo do normal.
Após a manutenção da comporta, a intenção da Prefeitura de Londrina é atualizar o sistema “arcaico”, disse o secretário de Obras à FOLHA. “A intenção é automatizar para que a gente faça do Lago 2 um lago dinâmico, um lago que a gente possa regular o nível nos dias de chuvas intensas, por exemplo”, explicou lembrando das comuns enchentes na Rua Professor Joaquim de Matos Barreto.


