Obras podem minimizar problema
A Rodonorte espera solucionar nos próximos dias os problemas existentes em dois pontos da rodovia que administra, a BR-277. Esta semana a concessionária deu início às obras de integração do tráfego urbano e rodoviário entre os quilômetros 122 e 155 em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, num projeto elaborado em parceria com a prefeitura do município e o Departamento de Estradas e Rodagem (DER).
Vários acessos foram bloqueados na rodovia, mantendo apenas sete vias transversais, serão construídos sete pórticos (com placas de sinalização no alto da rua), implantadas defensas metálicas para impedir a travessia, instaladas mais 16 placas de sinalização, duas lombadas eletrônicas e radares para controle de velocidade.
O retorno no quilômetro 95 da BR-277, logo após o Parque Barigui também deve ser fechado definitivamente em breve. A medida precisa apenas de autorização do DER. Em 99, a Rodonorte chegou a fechar o retorno, em função do grande número de acidentes registrados no local, mas a comunidade local pressionou pela sua reabertura, apesar de existir outro retorno mais seguro há apenas 700 metros adiante.
A Ecovia Caminho do Mar, concessionária que administra a BR-277, mas no sentido ao Litoral do Estado, também tem planos de construir passarelas nos trechos de mais ocorrências. Duas passarelas já foram implantadas: uma no km 78, e outra no 67, que atende a comunidade de Borda do Campo, em São José dos Pinhais. Mais três serão implantadas até julho, nos kms 79 e 83, permitindo, inclusive, a retirada dos semáforos, e outra no km 81.
Na BR-116, por sua vez, o Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER) tem feito diversas obras nos 22 quilômetros entre os bairros Atuba e Pinheirinho. Há planos de construção ainda este ano de duas passarelas, nos cruzamentos das Rua Fagundes Varela e em frente à Escola de Educação Física da UFPR, além de um viaduto no cruzamento com a Rua Salgado Filho. Também há projetos para a construção de uma passarela na região da Vila São Pedro, o que só será definido depois de concluído o Contorno Leste, obra que faz parte da Rodovia do Mercosul, e avaliados os resultados destas obras. As obras do DNER, entretanto, ainda dependem da liberação de verbas no orçamento 2000 pelo governo federal.
Todas as autoridades, entretanto, são unânimes ao alertar que essas mudanças só terão utilidade caso os pedestres e veículos respeitem a legislação. Na BR-277, por exemplo, apesar das passarelas existentes, ainda são comuns os atropelamentos, já que as pessoas preferem ‘‘cortar caminho’’ atravessando a rua. O engenheiro civil Walter Fanini, da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) lembra, ainda, que as obras de melhorias devem ser acompanhadas por um trabalho que evite novas ocupações à margem das rodovias, causando novos problemas. (M.G.)