A previsão de término destacada em contrato de dez meses para conclusão dos PAM (Prontos Atendimentos Municipal) das regiões leste, norte e sul não vai se cumprir. Com projeção de entrega disponibilizada no portal da prefeitura para 31 de outubro, ou seja, quinta-feira desta semana, as obras das unidades leste e norte - que iniciaram em janeiro - estão com o cronograma atrasado.

O mesmo problema acontece com o prédio da zona sul, cujo término está previsto para dezembro, por ter iniciado depois - em março - em razão da espera para autorização de erradicação de árvores. Na estrutura da avenida Guilherme de Almeida, por exemplo, a medição deste mês dos técnicos do município indicou 22,96% de execução, percentual que deveria ter sido superado no terceiro mês de intervenções e não no sétimo.

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Em construção no final da avenida Saul Elkind, nas proximidades da entrada do jardim São Jorge, o pronto atendimento da região norte tem 32,46% do projeto realizado, enquanto que, de acordo com o calendário anexo à licitação, este número era para estar perto dos 100%. Na zona leste, na rua João Stringheta, a porcentagem do que foi colocado em prática pela empreiteira é de 29,22%, abaixo até dos 32,27% que seria a meta para três meses de obras.

As três unidades têm orçamento total de R$ 16,3 milhões, sendo cerca de R$ 10,5 milhões do Governo do Estado e o restante contrapartida de recurso da prefeitura. Os prédios das regiões leste e norte estão sendo edificados por empreiteira que tem sede na cidade e o da zona sul por uma empresa de Apucarana (Centro-Norte).

ESTRUTURA

Cada PAM vai ocupar um terreno de 2.400 metros quadrados e terá 800 metros quadrados de área construída, com capacidade para realizar aproximadamente dois mil atendimentos por mês. O funcionamento será de 24 horas por dia, dando opção aos moradores, que hoje têm todos os três prontos atendimentos que abrem dia e noite concentrados na zona oeste.

A administração e manutenção dos espaços ficará a cargo do município, como a contratação dos servidores que vão atuar nestes locais, que deverão oferecer, além do atendimento médico, exames, suturas, aplicação de medicamentos e apoio diagnóstico de pacientes, sempre na baixa e média complexidade.

EXPECTATIVA

Quem vive nas localidades dos prontos atendimentos mostra expectativa para ver tudo pronto. "A região sul é grande, com muitos moradores e precisava ter um lugar como esse, porque hoje temos que ir na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Sabará se precisarmos de médico de madrugada, por exemplo. Mas precisam dar uma acelerada na obra, porque vejo que está bem lenta", comentou o autônomo Paulo Almeida.

A FOLHA procurou a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) que, por meio nota, confirmou o montante de R$ 10,5 milhões e afirmou que "a execução e o andamento das obras estão sob a responsabilidade da empresa contratada pelo município". A reportagem aguarda um posicionamento da secretaria municipal de Saúde.

(Atualizada)