Quem passar pela avenida Leste-Oeste, no trecho de acesso ao Terminal da Zona Oeste, em Londrina, vai encontrar máquinas pesadas trabalhando na pista e terá que fazer um desvio pelas ruas paralelas nos dois sentidos. A intervenção deve durar cerca de 15 dias e é necessária porque equipes estão trabalhando na remoção de parte do asfalto e em breve serão feitas adequações de galerias pluviais e a recomposição completa do pavimento.

Imagem ilustrativa da imagem Obras do Superbus interditam trechos da Leste-Oeste
| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

A obra vai criar um corredor de ônibus articulado (SuperBus), que demanda uma capa asfáltica muito mais resistente. A ideia, segundo o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, é que o reforço viário suporte esses veículos pesados por no mínimo 20 anos. O valor total de investimentos é de aproximadamente R$ 16 milhões.

Os serviços começaram há cerca de uma semana e contemplarão dois lotes da avenida, divididos em etapas para causar o mínimo impacto possível no trânsito. O primeiro lote vai da rua Casemiro de Abreu até a avenida Rio Branco e o segundo lote envolve todo o trecho entre a Rio Branco até a Rodoviária.

“No lote 1 temos que fazer alguns serviços pesados de galeria pluvial, recomposição completa do pavimento, ou seja, retirar tudo e fazer de novo. E no lote 2, no trecho mais próximo do centro, é apenas recomposição de capa asfáltica, o que torna o serviço mais simples”, comentou Verçosa.

COMERCIANTES E MORADORES

Inicialmente, os trabalhos ocorrem na altura do jardim Shangri-lá e os comerciantes e moradores no entorno terão que ter um pouco de paciência. A obra completa, considerando os dois lotes da avenida, tem previsão para conclusão de um ano.

“Não faço ideia de como essa obra vai ficar, mas é fato que a poeira atrapalha bastante”, comentou Gabriel Bettoni. Ele trabalha em uma oficina mecânica que fica em frente à via.

Maikon Gabriel da Silva que passa pelo Terminal da Zona Oeste todos os dias a caminho do trabalho, não imaginava o porquê das obras. Ao tomar conhecimento sobre os corredores do SuperBus, comemorou. “Se isso realmente acontecer vai ser uma melhoria e conforto para muitas pessoas como eu, que vão poder chegar mais cedo em casa. Acho uma ótima notícia”, disse ele, que mora na zona norte e leva três horas no deslocamento casa/trabalho/casa.

FRANCISCO GABRIEL ARRUDA

Para a intervenção na Leste-Oeste, a secretaria de Obras considerou os trabalhos que vêm ocorrendo na avenida Francisco Gabriel Arruda, no Parigot de Souza 1 (zona norte), que têm a mesma finalidade de adequação viária para os corredores do SuperBus. “Antes de dar a ordem de serviço, exigimos um plano de trabalho detalhado para a empresa”, disse Verçosa.

Os serviços tiveram início em setembro de 2019 e o projeto de construção demandou um novo planejamento durante a execução, atrasando a obra. Um levantamento divulgado no início de fevereiro pela FOLHA aponta que a entrega está prevista para maio deste ano, mas até o dia 21 de janeiro apenas 10% dos serviços haviam sido executados.

Verçosa justificou o atraso pela dificuldade de execução no trecho da rotatória do jardim Alto da Boa Vista até a avenida Saul Elkind, onde a rede de galerias pluviais apresentam mais de um metro de diâmetro e em alguns locais, atinge até quatro metros de profundidade. “Exigimos um reforço nas equipes para acelerar o processo e o prazo para conclusão é até o meio deste ano”, afirmou.

WINSTON CHURCHILL

O corredor de SuperBus também está previsto para ser construído na avenida Winston Churchill, também na zona norte. A empresa vencedora da licitação é a mesma da Leste-Oeste, a Weiller Construção Civil, de Maringá.

O secretário de Obras explicou que a ordem de serviço não foi dada ainda porque é preciso montar o plano de trabalho, já que a expectativa é de que a obra seja a mais complexa comparada com as outras avenidas. “Teremos que interditar a pista e por isso estamos verificando as alternativas possíveis com o Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano) e CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). Além disso, temos galerias pesadas para serem executadas nesse trecho. Essa obra é um gargalo pra gente. Não vai ser simples e estamos quebrando cabeça para viabilizar o trânsito naquele local”, disse.

VIADUTO

De acordo com o secretário municipal de Obras, João Verçosa, não há a expectativa de prorrogar o a entrega do viaduto da avenida Dez de dezembro (zona leste de Londrina), que expira no final de março. Os serviços começaram em agosto de 2018 e a previsão inicial para entrega era em novembro de 2019. A obra teve um acréscimo de R$ 504 mil, além da prorrogação no prazo de execução.

“Quando acontece um fato superveniente há uma previsão legal (em contrato) e a possibilidade de se estender o prazo, mas essa obra está andando bem, com 73% já executada. A estrutura de concreto armado está quase concluída, agora precisamos concluir as alças de acesso. Fora isso, há outros pequenos serviços no entorno que a empresa deverá trabalhar concomitantemente”, comentou.

Outras obras de impacto são o alargamento da avenida Aminthas de Barros e a duplicação da avenida Faria Lima. A primeira deveria ter sido entregue em novembro de 2019, mas em dezembro 65,36% da obra estavam executadas. Houve um aditivo e o prazo se estendeu para 22 de fevereiro de 2020.

Porém, uma máquina da empresa responsável pelo serviço quebrou na etapa final. “A empresa já entrou com um pedido de aditivo e devemos analisar essa questão ainda nesta semana com a (secretaria de) Gestão Pública. Estamos tentando recuperar a execução (do serviço), pois não dá simplesmente para encerrar o contrato. Temos que ter um mínimo de bom senso porque a obra está na etapa final. Vamos ver o que é legalmente previsto no contrato”, pontuou.

Já Faria Lima, para a entrega do primeiro trecho, que vai da rua Bento Munhoz da Rocha Neto até a UEL (Universidade Estadual de Londrina), a prefeitura precisa executar o recape asfáltico que não estava previsto em contrato. “A prefeitura tem que entrar com essa contrapartida e estamos aguardando o término de outros trabalhos das equipes de pavimentação para dar sequência. A previsão é que isso aconteça logo após o carnaval e deverá durar cerca de quatro dias.