Quase três meses após ser iniciada, a obra para implantação de uma terceira faixa de rolamento para veículos na avenida Ayrton Senna, zona sul de Londrina, está com quase 80% concluídos. Segundo o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, a projeção é de que os trabalhos sejam finalizados em até 20 dias. “A parte mais difícil já foi feita”, garantiu. A ordem de serviço foi assinada em maio, mas as atividades só começaram em junho, com prazo de 90 dias.

Trabalho na Ayrton Senna foi realizado, na grande maioria, sem necessidade de impedir totalmente a passagem dos veículos
Trabalho na Ayrton Senna foi realizado, na grande maioria, sem necessidade de impedir totalmente a passagem dos veículos | Foto: Roberto Custódio

A empresa responsável já terminou a readequação da rotatória entre as ruas Professor Joaquim de Matos Barreto e Bento Munhoz da Rocha Neto, com a diminuição da estrutura. “Agora está sendo readequado o canteiro central ao longo da Ayrton Senna e o meio-fio", explicou. A rotatória da avenida com a rua Ernani Lacerda de Athayde também está sendo redimensionada, com a redução do atual tamanho. O custo dos trabalhos é de R$ 620 mil.

Uma parte do recape asfáltico já foi feita, com a recuperação de algumas ondulações que existiam ao longo do trecho. Nos próximos dias, a ciclofaixa, que tem aproximadamente um quilômetro de extensão, será retirada, dando lugar a vagas de estacionamento para a nova pista. “Vão ser retirados os tachões e onde é ciclofaixa os carros vão estacionar em faixa contínua, próximos ao meio-fio", explicou o secretário. No sentido lago Igapó, o estacionamento que hoje é na diagonal também será horizontalizado, suprimindo parte das vagas.

POLÊMICA

Desde o anúncio das intervenções, a remoção da faixa para ciclistas vem gerando polêmica. Ciclistas realizaram manifestações, pedindo a manutenção da faixa. Entretanto, as solicitações não surtiram efeito. A prefeitura alegou que irá compensar com outras ciclofaixas nas proximidades. “A ciclofaixa poderia ser mais utilizada se tivesse continuidade. Num momento em que se fala de mobilidade urbana, a retirada parece um contrassenso”, opinou a recepcionista Angela Rosa, que costuma utilizar a bicicleta para algumas locomoções.

Segundo Verçosa, a contrapartida já está acontecendo, com a ciclofaixa sendo estendida por todo o lago Igapó 2 e aterro. “É uma obra a partir de um estudo do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) e importante para aquela região, onde o trânsito está ‘estrangulado’. Além disso, vai oferecer mais segurança. Do jeito que estão o estacionamento e a ciclofaixa, muitos pedestres se arriscam entre os carros”, defendeu o secretário.

SEM BLOQUEIOS

Os serviços já promovidos ocorreram, em grande maioria, sem necessidade de impedir totalmente a passagem dos veículos. O mesmo deve ocorrer nas ações restantes, incluindo o recape na via, que vai chegar até o cruzamento com a avenida Madre Leônia Milito. Já na rotatória após o final da Maringá, onde a melhoria no asfalto foi findada, uma nova sinalização foi pintada, contemplando as três faixas.

“Uma parte da obra atrapalhou bastante o trânsito e faltou os agentes da CMTU acompanharem e indicarem melhor o fluxo. Entretanto, foi uma etapa vencida. Acredito que vai ajudar bastante ter mais uma opção para os motoristas, porque a avenida Ayrton Senna, em horários de pico, é uma dificuldade para passar. Perdemos muito tempo. A solução, aparentemente, foi simples, comparado ao que deve ser o resultado”, elencou Luciano Batista, representante comercial e morador da Gleba Palhano.

Imagem ilustrativa da imagem Obra na Ayrton Senna deve ser concluída em 20 dias
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