A mesma empresa – de Apucarana (Centro-Norte) - que vai construir o pronto atendimento da região sul de Londrina ganhou a licitação da obra do Centro de Bem-Estar Animal, que será edificado na rua Antônio Piovesan, no jardim Alpes, na zona norte. O edital tinha valor máximo de R$ 6 milhões, sendo R$ 2,8 milhões de repasse do Governo do Estado, R$ 2,2 milhões de contrapartida do município e R$ 1 milhão de emenda parlamentar.

A Pires Construções e Engenharia apresentou proposta de R$ 4,9 milhões, ou seja, valor R$ 1,1 milhão menor. Sete empreiteiras participaram do certame, que foi aberto em agosto, mas apenas quatro seguiram habilitadas no decorrer das análises. O prazo para a finalização das intervenções, a partir da assinatura da ordem de serviço, é de 11 meses.

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A projeção é de que os trabalhos comecem em janeiro. “A empresa agora vai ter que apresentar a garantia contratual e certidões, depois a autorização ambiental e damos a ordem de serviço para começar. Esse prazo depende da empresa e o órgão licenciador, que é a Sema (Secretaria Municipal do Ambiente). Acreditamos que não será demorado”, explicou Marcelo Canhada, secretário municipal de Planejamento.

O prédio terá cerca de 750 metros quadrados, divididos em “quarentenas” para os animais, lavanderia, laboratórios de parasitologia, entomologia e animais peçonhentos e de análise de água, depósito de ração, necropsia, canis, gatis e cochos, solários, cozinha e banheiros.

Entre outros espaços que serão construídos ainda estão vestiários, almoxarifado, depósito de materiais de limpeza, sala de descanso para a equipe, de reunião, gerência, espaço de banho e tosa, sala de vacina e consultórios.

O custo de pagamento com servidores é estimado em R$ 1,2 milhão, dinheiro que deverá ir para manter médicos-veterinários, enfermeiros-veterinários, setor administrativo e de limpeza, entre outras funções. A ideia do município é de que uma ONG (Organização Não-Governamental) assuma a gestão do lugar. “A ONG tem mais agilidade, expertise nesta questão, mas supervisionada pelo poder público”, destacou.

CONVÊNIO

O Centro de Bem-Estar não será um abrigo para animais vítimas de maus-tratos, mas um lugar de reabilitação, em que depois de atendidos e recuperados serão encaminhados para tutores ou adoção. “Os animais serão vacinados, terão chip, vão ser alimentados. Dependendo da gravidade haverá a transferência para o HV (Hospital Veterinário), estamos buscando firmar convênio com a UEL (Universidade Estadual de Londrina)”, pontuou.

POLÍTICA PÚBLICA

Canhada frisou que a obra se soma a outras ações que estão sendo executadas voltadas à saúde animal e controle populacional de animais de rua. “Temos a diretoria de Bem-Estar Animal, que vai passar da Sema para a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), o banco de ração, Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, a política de castração, o que fez com que diminuísse o número de animais nas ruas”, elencou.