Há um mês instalados na área central de Londrina, muitos dos 85 parquímetros, responsáveis pelo controle das 2,1 mil vagas rotativas na região, já acumulam pichações e fezes de pombo. Um problema que tem incomodado os usuários e poluído ainda mais o visual do Centro. A reportagem percorreu algumas ruas e avenidas e encontrou totens pichados na Rua Pará, Travessa Padre Eugênio Herter e nas avenidas São Paulo, Rio de Janeiro, Souza Naves e Higienópolis.
Segundo funcionários da Epesmel, responsáveis pelo serviço de zona azul, um número cada vez maior de parquímetros tem sido alvo de vândalos, que realizam as pichações sempre à noite. "Este aqui mesmo está sempre assim, todo pichado dos lados e atrás. O pessoal da Epesmel nem dá conta de limpar. Passam em um dia e na manhã seguinte já está sujo novamente", afirmou um dos monitores, que atua na Higienópolis.
A bancária Solange Cristina dos Reis Nunes utiliza os equipamentos pelo menos três vezes por dia e ficou indignada com a situação. "Eu não sei se a culpa é só da população ou também da Epesmel, que não está realizando a limpeza sempre. Só sei que os equipamentos não poderiam estar nessas condições. Instalaram esse dias. Falta mais cuidado com a cidade", reclamou.
"Isso, geralmente, é coisa de desocupado, vândalo, que não está nem aí para o visual da cidade. O duro mesmo é que o responsável por fiscalizar ou realizar a manutenção não está fazendo nada. Eu percebo que além de pichados, muitos equipamentos estão com excrementos de pombos", afirmou o metalúrgico Ricardo Manfrenato, que utiliza semanalmente o parquímetro da travessa localizada próximo à Catedral Metropolitana.
Lídia Moriama utiliza os parquímetros da Avenida São Paulo duas vezes por semana e conta que também já havia percebido o vandalismo. Para ela, não adianta a limpeza constante dos parquímetros, enquanto a própria população não se conscientizar que o equipamento é de todos e que sua danificação é prejuízo para os usuários. "O brasileiro tem o hábito de sempre jogar a responsabilidade sobre os governantes e nunca toma para si a responsabilidade; talvez se cada um também fiscalizasse a cidade não sofreria com esse tipo de problema."
De acordo com o coordenador da Zona Azul, Wellington Marcatti, a Epesmel tem conhecimento das ações de vandalismo. Segundo ele, três funcionários são responsáveis pela manutenção de todos os equipamentos do anel central sempre que os monitores da Zona Azul comunicam o problema.
O coordenador acrescentou ainda que a Epesmel tem o objetivo de iniciar uma campanha de conscientização junto à população na tentativa de coibir a prática, mas ainda não há data para o início das atividades.