Novas passarelas do Igapó 2 devem custar R$ 2,4 milhões
Sem recursos próprios, a Prefeitura de Londrina busca verba dos governos estadual e federal para tirar obras do papel
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 12 de junho de 2025
Sem recursos próprios, a Prefeitura de Londrina busca verba dos governos estadual e federal para tirar obras do papel
Douglas Kuspiosz

As três passarelas do Lago Igapó 2, na zona sul, que estão interditadas para garantir a segurança dos frequentadores, serão reconstruídas ao custo aproximado de R$ 2,4 milhões, segundo a Secretaria de Obras de Londrina. O valor inclui as estruturas, fundações e outros serviços.
O desafio da administração Tiago Amaral (PSD) neste momento é buscar recursos para tirar a revitalização do principal cartão-postal da cidade do papel. Segundo a Prefeitura, os projetos das passarelas já estão prontos e aguardam financiamento do Ministério das Cidades ou do governo do Estado, uma vez que, como afirmou o secretário municipal de Obras na última segunda-feira (9), não há recursos próprios disponíveis.
Em nota, Gomes frisou que a gestão municipal "enfrenta dificuldades financeiras em quase todas as áreas", mas está buscando outras fontes para dar continuidade às obras necessárias na cidade.
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CONCRETO E AÇO
As três novas passarelas do Igapó 2, que vão substituir as atuais, feitas em madeira, serão em concreto e aço, foram planejadas de acordo com as normas de acessibilidade e "trarão muito mais conforto e segurança para os pedestres que circulam pela região", disse a administração.
Gomes garantiu que as obras no Igapó 2, “pela qualidade dos projetos em andamento, serão, sem dúvida, extremamente benéficas e duradouras para toda a sociedade londrinense, que tem nesse cartão postal da cidade um de seus principais pontos de lazer e prática de esportes".
Por enquanto, não há previsão de quando as novas passarelas serão construídas nem quando os espaços serão liberados para o público.

BARRAGEM
Outro ponto crítico enfrentado pela gestão é a reforma das comportas do Igapó 2 sob a transposição da avenida Higienópolis, que apresentaram vazamentos nos últimos meses. Uma ensecadeira foi a última medida paliativa adotada para manter o nível do lago estável enquanto o projeto da reforma - que custou R$ 26 mil - não é executado.
Inclusive, ainda não há estimativa de quanto a intervenção no local vai custar aos cofres públicos, uma vez que os valores somente serão conhecidos após a finalização do projeto elaborado pelo engenheiro Carlos Costa Branco, projetista da obra original.
O prefeito decretou poucos dias após a identificação do rompimento de uma das comportas do lago, em fevereiro, a situação de emergência devido aos vazamentos. A medida foi adotada para garantir a urgência na alocação de recursos financeiros e humanos para execução das ações emergenciais - o decreto fala em "risco de danos ao meio ambiente e à população em geral".
“Os projetos estão em fase final de elaboração e já contam com todos os dados levantados pelo chamado estudo de batimetria (um tipo de raio-x do fundo do lago)”, destacou a administração. “Assim como no caso das passarelas do Igapó 2 e tantas outras obras, a Prefeitura informa que, assim que estiver com o projeto das comportas em mãos, vai buscar recursos, junto ao Governo do Estado, à União e outras fontes, para sua execução.”

