A avenida Martiniano do Valle Filho passou a ser mão dupla; motoristas que precisam trafegar na região precisam de paciência

O motorista que passa pelas proximidades da obra do viaduto na avenida Dez de Dezembro, no sentido sul-norte, em Londrina, precisará de dose extra de paciência, pelo menos, nos próximos três meses. O primeiro dia com trânsito alterado após novo fechamento de trecho na via foi de muita confusão e longas filas de veículos. Desde o final da manhã de segunda-feira (22), a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) bloqueou o acesso para quem segue da região sul com o intuito de ir para o lado oposto passando pela rotatória da Via Expressa ou avenida Theodoro Victorelli.

Imagem ilustrativa da imagem Nova interdição na Dez de Dezembro gera confusão
| Foto: Marcos Zanutto - Grupo Folha

Os condutores agora precisam fazer a conversão à direita na avenida Martiniano do Valle Filho, que de mão única passou a ser dupla. Com o intenso fluxo na região, as vias do entorno acabaram ficando congestionadas, como as ruas Norman Prochet, Santa Terezinha e dos Coqueiros. Percursos que costumavam ser feitos em poucos minutos levaram mais de 15 nesta segunda. “Ficou horrível isso daqui. Já não era fácil, porém está muito pior. Vou evitar passar por esse caminho”, criticou Valdomiro Paz, morador de Assaí (Região Metropolitana de Londrina) e que com frequência está na cidade.

O principal ponto de problema foi o entrocamento da rua Norman Prochet com Santa Terezinha, já que a primeira via tem apenas um lado à disposição para quem quer virar à esquerda e somente alguns metros de faixa seccionada, acumulando ainda o trânsito que vem da Martiniano do Valle Filho. Muitos motoristas, impacientes, cometeram infrações, como conversões proibidas ou dirigir por locais proibidos. Cinco agentes da CMTU precisaram controlar o tráfego com o intuito de diminuir os congestionamentos.

Para a motorista de aplicativo Simone Vilas Boas, a tendência é que a situação piore nos horários de pico, como começo da manhã e final da tarde. “Até achei que ia estar pior neste meio de tarde de segunda, mas em vista do que vai vir pela frente, estamos bem”, projetou. Tendo como destino o distrito da Warta, na região norte, Marcos Mendes ficou confuso com os caminhos alternativos a seguir. “Se a construção do viaduto é para melhorar a nossa vida é bom, porém a experiência de transitar por aqui está difícil”, relatou. A sinalização horizontal e vertical foi toda refeita.

ACOMPANHAMENTO
Segundo Sérgio Dalbem, diretor de Trânsito da CMTU, agentes da companhia vão acompanhar a circulação relacionada ao bloqueio na avenida Dez de Dezembro por cerca de dez dias. Não estão descartadas outras mudanças. “Vamos analisar o desenrolar do fluxo de veículos para saber onde acontecem filas com maior intensidade para que possamos intervir para que haja melhor fluxo, garantiu. Tanto a Martiniano do Valle Filho quanto a Norman Prochet dispõem de estacionamento, o que também não esta sendo respeitado pelos condutores, que usam a delimitação como via comum.

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| Foto: Marcos Zanutto - Grupo Folha

Agentes da CMTU vão acompanhar e orientar o trânsito por cerca de dez dias

ALTERNATIVAS

Na área interditada será feito o aterro com sistema de terra armada para execução das rampas de acesso que ficarão nas cabeceiras do viaduto. A secretaria de Obras espera que o serviço se estenda até outubro. Uma opção para aqueles que precisam seguir no sentido da zona sul para norte é a alça de acesso para a avenida Juscelino Kubitschek. De lá é possível subir até a rotatória com a Santos Dumont, dobrar à esquerda e permanecer até a Jorge Casoni, ou entrar na rua São Pedro. No semáforo com a rua Santa Terezinha dá para seguir até a Santa Mônica e depois retornar para a Via Expressa.

“Orientamos as pessoas que podem que evitem a Dez de Dezembro, pois é o melhor no momento. A edificação do viaduto é necessária e vai melhorar a cidade, por isso pedimos paciência aos motoristas. Infelizmente Londrina não oferece muitas vias para ligar norte-sul e leste-oeste, pelo contrário, são poucas”, destacou Sérgio Dalbem.

MONUMENTO
Quatro meses após ser retirado da rotatória no cruzamento da avenida Dez de Dezembro com Leste-Oeste, o monumento “O Passageiro” foi recolocado em novo lugar, às margens da rua Norman Prochet. Uma outra base foi reconstruída para a estátua e a construtora responsável pela obra ainda trabalha no calçamento do entorno, que contará com uma pequena praça. Antes de serem novamente instaladas, as peças do monumento estavam sendo guardadas na rodoviária. Este serviço era para ter sido promovido no começo do ano.