Notas falsas estão cada vez mais bem feitas
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005
Jacira Werle<br> Reportagem Local
Todo o cuidado é pouco na hora de receber cédulas para não 'ganhar' uma nota falsa. Essa é a dica do delegado chefe da Polícia Federal, Sandro Roberto Vianna dos Santos. O delegado recomenda observação da nota e o teste da água. Segundo Santos, a Polícia Federal abriu 90 inquéritos policiais para investigar casos de notas falsificas no ano passado. Atualmente, ele acredita que existem poucas notas falsas circulando na cidade.
O delegado esclarece que as notas mais falsificadas são as de R$ 50. ''Os falsificadores 'lavam' as notas de R$ 1 e, com impressoras potentes, imprimem os outros valores, R$ 50, R$ 20, R$ 10 ou R$ 5'', explica. Para tentar dificultar esse golpe, o governo retirou o fio da cédula de R$ 1. Segundo ele, as pessoas devem observar se as notas têm o fio (menos na nota de R$ 1) e a marca de água. Santos recomenda que a melhor forma de descobrir se uma nota é verdadeira é realizar o teste da água. ''A pessoa molha a nota e esfrega com a unha: se ela for falsa, a tinta irá soltar'', declara.
Segundo Santos, a cada dia as falsificações estão mais perfeitas, o que dificulta a descoberta da fraude. Outra dica do delegado é que as pessoas devem ter uma nota verdadeira nova para comparar com as que são recebidas. Sobre moedas falsificadas, Santos declara que a falsificação é menos intensa e que elas são mal acabadas e mais leves do que as verdadeiras.
Quando uma pessoa recebe uma nota falsa, ela deve ser destruída ou entregue na sede da Polícia Federal (Rua Tietê, 1450, Vila Nova). O número de série da cédula entregue na Polícia Federal vai para um banco de dados da instituição. ''Com o número de série podemos acompanhar quantas vezes a nota apareceu. Geralmente, quem falsifica coloca o mesmo número em todas as células'', acentua.
Ele afirma, porém, que as notas circulam de mão em mão muito rápido, o que dificulta as investigações. Segundo o delegado, as notas falsas são passadas principalmente em locais de grande aglomeração de pessoas e onde há pouca luminosidade, dificultando a análise das notas.
De acordo com o delegado, a pena para quem falsifica ou altera notas varia de 3 a 12 anos de prisão. Quem passa uma nota falsificada pode pegar de 6 meses a 2 anos de cadeia.