O Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss está fechado para visitação desde 9 de setembro para revitalização da parte elétrica. A previsão é que a reforma seja executada em 12 meses, período em que haverá a substituição da rede de fiação, pontos de distribuição de energia, circuitos, caixas de passagem, condutores, entre outros.

Localizado na área central de Londrina, o museu é um órgão suplementar da UEL (Universidade Estadual de Londrina). O contrato da instituição firmado com a empresa vencedora da licitação para execução da revitalização prevê um investimento de cerca de R$ 1,5 milhão, recurso proveniente da Seti (Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior).

Segundo a diretora do Museu, Edmeia Ribeiro, esta é a primeira vez que o prédio recebe uma revitalização da parte elétrica, sendo essencial por ser uma construção da década de 1940. “O Museu Histórico precisa de climatização e necessita ter uma rede elétrica potente para receber os equipamentos e os materiais que são utilizados para trabalhar com acervo”, ressaltou, lembrando que no espaço que abriga o museu funcionava a Estação Ferroviária.

Ribeiro explica que objetos e peças que compõem o acervo serão realocados à medida que reforma for acontecendo, sendo distribuídas entre os três pisos do prédio. Os objetos históricos serão armazenados em caixas com plástico bolha e cobertos com lona, papel craft e demais cuidados exigidos evitando o deslocamento dos artigos para locais externos.

O ACERVO

O Museu Histórico iniciou suas atividades em 1970, nos porões do Colégio Hugo Simas (área central), ainda com o nome “Museu Geográfico e Histórico do Norte do Paraná”. A iniciativa foi de professores e estudantes dos cursos de Geografia e História da antiga Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina.

Em 1974, o Museu passou a ser um Órgão Suplementar da UEL, mas apena em outubro de 1978 o Conselho Universitário da instituição decidiu denominar o espaço de Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss. Em 1986, passou a ocupar a antiga estação ferroviária.

Hoje, o museu tem um acervo composto por 1,3 milhão de itens, como documentos, arquivos em áudio, 3D, entre outros. Segundo Ribeiro, o museu está entre os três mais visitados do estado. Nos últimos dois anos registrou a presença de 50 mil pessoas de mais de 30 países. Neste ano de 2024, o Museu já recebeu mais de 17 mil pessoas.

Segundo a diretora do espaço, em média 50% dos visitantes são estudantes que procuram o museu para interagir com a história recente de Londrina e do Norte do Paraná. A outra parte representa visitantes espontâneos atraídos pela boa localização, pela arquitetura e pelo simbolismo do local que foi a estação ferroviária da cidade. “As pessoas se reconhecem naquele espaço”, define. (Com Agência UEL)

Supervisão: Celso Felizardo - editor