Faça chuva ou Sol, quem depende do ônibus do transporte coletivo na rua doutor Arlindo Carmona, no conjunto São Pedro, zona leste de Londrina, enfrenta o mesmo problema: o desconforto. O ponto de embarque e desembarque é do tipo palito, apesar da demanda do bairro. “Nunca está bom aqui. Em dia como hoje, aberto, temos que ficar debaixo do Sol quente. Quando está fechado, chovendo, o jeito é pegar carro por aplicativo ou ficar esperando com guarda-chuva, mas se molhando mesmo assim”, relatou a dona de casa Angela Meireles.

Na rua Augusto Canezin, quase esquina com a avenida José Ventura Pinto, no jardim Califórnia, o ponto até tem cobertura, mas não conta com assento. O jeito encontrado pelos passageiros foi improvisar, instando cadeiras que foram doadas pela igreja. “Muitas pessoas que esperam o ônibus são de idade ou mãe com criança de colo. É ruim ter que ficar em pé, então, foi uma medida emergencial para não depender do poder público”, comentou o autônomo José Duarte.

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Uma esperança para estes passageiros terem um pouco mais de qualidade é uma licitação que foi aberta pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) para comprar até 200 bancos em concreto com ferragem armada. O preço máximo do edital é de R$ 204 mil e os interessados podem apresentar proposta até 12 de agosto.

Cerca de 25% da cota do certame foi reservada para microempreendedores e o restante para ampla concorrência, ou seja, independentemente do porte da empresa. A modalidade é pregão eletrônico, em que o município pode adquirir todos os bancos inicialmente previstos, mas também pode encomendar uma quantidade menor ou até maior, pagando a partir do que é entregue. O vínculo terá duração de um ano.

“Pretende-se garantir a complementação de atendimento com pontos de parada de ônibus e terminais de integração providos de bancos aos clientes do serviço de transporte público coletivo, universalizando melhores condições de espera dos coletivos quando do embarque de passageiros”, justificou a companhia para a compra.

QUANTIDADE

A cidade tem mais de 2.600 pontos de ônibus, sendo que aproximadamente 200 não têm cobertura e, por consequência, lugar para sentar. “Pelo preço que se paga de passagem e pelo tamanho de Londrina, deveríamos ter mais estrutura em todo lugar que envolve transporte coletivo. Tem calçada que é pequena, um ponto maior pode não dar certo, porém, existem outras que poderiam ter o assento, a cobertura, não um palito de madeira”, avaliou Angela. A tarifa atualmente é R$ 5,75.