Município deve comprar até 200 bancos para pontos de ônibus
Licitação tem preço máximo de R$ 204 mil; passageiros do transporte coletivo reclamam da falta de conforto em vários bairros de Londrina
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sexta-feira, 02 de agosto de 2024
Licitação tem preço máximo de R$ 204 mil; passageiros do transporte coletivo reclamam da falta de conforto em vários bairros de Londrina
Pedro Marconi
Faça chuva ou Sol, quem depende do ônibus do transporte coletivo na rua doutor Arlindo Carmona, no conjunto São Pedro, zona leste de Londrina, enfrenta o mesmo problema: o desconforto. O ponto de embarque e desembarque é do tipo palito, apesar da demanda do bairro. “Nunca está bom aqui. Em dia como hoje, aberto, temos que ficar debaixo do Sol quente. Quando está fechado, chovendo, o jeito é pegar carro por aplicativo ou ficar esperando com guarda-chuva, mas se molhando mesmo assim”, relatou a dona de casa Angela Meireles.
Na rua Augusto Canezin, quase esquina com a avenida José Ventura Pinto, no jardim Califórnia, o ponto até tem cobertura, mas não conta com assento. O jeito encontrado pelos passageiros foi improvisar, instando cadeiras que foram doadas pela igreja. “Muitas pessoas que esperam o ônibus são de idade ou mãe com criança de colo. É ruim ter que ficar em pé, então, foi uma medida emergencial para não depender do poder público”, comentou o autônomo José Duarte.
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Uma esperança para estes passageiros terem um pouco mais de qualidade é uma licitação que foi aberta pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) para comprar até 200 bancos em concreto com ferragem armada. O preço máximo do edital é de R$ 204 mil e os interessados podem apresentar proposta até 12 de agosto.
Cerca de 25% da cota do certame foi reservada para microempreendedores e o restante para ampla concorrência, ou seja, independentemente do porte da empresa. A modalidade é pregão eletrônico, em que o município pode adquirir todos os bancos inicialmente previstos, mas também pode encomendar uma quantidade menor ou até maior, pagando a partir do que é entregue. O vínculo terá duração de um ano.
“Pretende-se garantir a complementação de atendimento com pontos de parada de ônibus e terminais de integração providos de bancos aos clientes do serviço de transporte público coletivo, universalizando melhores condições de espera dos coletivos quando do embarque de passageiros”, justificou a companhia para a compra.
QUANTIDADE
A cidade tem mais de 2.600 pontos de ônibus, sendo que aproximadamente 200 não têm cobertura e, por consequência, lugar para sentar. “Pelo preço que se paga de passagem e pelo tamanho de Londrina, deveríamos ter mais estrutura em todo lugar que envolve transporte coletivo. Tem calçada que é pequena, um ponto maior pode não dar certo, porém, existem outras que poderiam ter o assento, a cobertura, não um palito de madeira”, avaliou Angela. A tarifa atualmente é R$ 5,75.