Uma mulher foi presa nesta segunda-feira (22), na zona norte de Londrina, após ser alvo de mandado da Polícia Civil. Ela é suspeita de aplicar golpes na cidade junto com o marido, que já está detido, e a filha dela, uma adolescente de 17 anos. A apuração da Delegacia de Estelionatos iniciou neste ano, após uma vítima registrar Boletim de Ocorrência em Curitiba relatando que o nome dela teria sido utilizado para comprar um carro em Londrina.

“A delegacia de Curitiba mandou o procedimento para nós, já que a vítima sequer tinha vindo para Londrina. Identificamos que para fazer a compra e financiamento deste veículo, foram utilizados os dados desta vítima de Curitiba, porém, a fotografia era de uma menor de idade aqui de Londrina. Passamos a fazer as diligências para saber onde o veículo circulou e chegamos à residência da mulher que foi detida nesta segunda”, detalhou o delegado Edgard Soriani.

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Durante a investigação, também foi observado que a mesma mulher estava deixando outras pessoas no prejuízo, retirando objetos para venda de forma consignada, no entanto, não repassava o dinheiro para os fornecedores. “Foram encontrados, pelo menos, três documentos falsos para consignado de semijoias. Foram quatro maletas de semijoias, uma dela no valor de R$ 15 mil, que foram entregues em residências indicadas por essa mulher presa”, destacou.

O delegado apontou que foram, pelo menos, seis vítimas que perderam valores neste tipo de prática criminosa. “Pegaram ainda doces em consignação. Recolhemos documentações referentes a roupas, provavelmente produto de crime por meio de documentação fraudulenta”, comentou. O marido desta mulher está preso por outros crimes na PEL 3. “É uma associação criminosa formada por entes familiares, com utilização de uma menor de idade. Além da associação e estelionato, os maiores responderão pela corrupção de menor.”

ADOLESCENTE

A Polícia Civil chegou a pedir à Justiça a apreensão da filha, no entanto, a solicitação foi negada. “Para a Vara da Infância e do Adolescente cinco crimes cometidos em continuidade delitiva por parte desta adolescente não é motivo suficiente para segregar ela da sociedade”, observou. “Entendendo que ela continuaria praticando os crimes se não cumpríssemos os mandados contra a mãe e o padrasto. Mas ela responderá pelos delitos (na Delegacia do Adolescente)”, frisou.

Além da casa da mulher, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em outros dois imóveis. “Uma das proprietárias da casa disse que a pedido dessa mulher, chegavam os objetos na residência e ela passava na integralidade a autuada. Como era vizinha, emprestou a casa para entrega, no entanto, esse fato vai ser investigado, se essas pessoas fazem parte da associação criminosa”, afirmou.