Uma mulher foi contida pela PM (Polícia Militar) depois de dizer que iria se matar caso não fosse atendida por um padre de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) na manhã de quarta-feira (12). Ela é acusada de ameaçar há tempos o religioso, que já havia registrado boletins de ocorrência contra a suspeita.

Segundo a PM, por volta das 9h, a Central de Operações informou que, na rua Pica-pauzinho Dourado, próximo à igreja católica do conjunto Corina Pugliese, uma mulher de camisa verde e calça jeans estaria ameaçando o padre. Quando os policiais chegaram, o religioso relatou que dias atrás teria sofrido algumas ameaças da suspeita de 32 anos e, nas ocorrências já registradas, ela dizia que acreditava que os dois tiveram uma relação de 10 anos e que ele não quis mais ficar com ela, que o ameaçou dizendo que o mataria e depois cometeria suicídio. O padre informou ainda que ligou para a PM após vê-la nas imediações da casa dele, e comentou que estava assustado com o ocorrido. Informou ainda que ela poderia estar com uma arma de fogo.

Imagem ilustrativa da imagem Mulher é contida ao ameaçar se matar caso padre de Arapongas não a recebesse
| Foto: Divulgação

Com as informações repassadas, a equipe fez buscas nas imediações e próximo da residência do padre e encontrou uma mulher com as mesmas características descritas e foi visto que ela estaria com uma arma tipo pistola apontada para a cabeça dela, além de gritar que iria se matar se o padre não comparecesse ao local. A PM adotou todos os procedimentos e solicitou que ela largasse a arma, mas as ordens não foram atendidas, e ela fugiu para dentro da igreja.

Os policiais fizeram acompanhamento dela e verificou-se que ela havia se escondido em um banheiro aos fundos do templo. Foi solicitado apoio de mais equipes para isolamento da área e varredura na parte frontal da igreja. Foi estabelecido perímetro de segurança com devido isolamento e retirada de populares das imediações. Naquele momento, foram adotados todos os procedimentos de intervenção em crises.

Cerca de três horas depois, ela se rendeu e entregou o armamento. Ela foi encaminhada para ambulância para os primeiros atendimentos e depois para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para tratamento de saúde.

Os policiais constataram a arma era uma pistola de airsoft, material que foi apreendido e encaminhado à 22 SDP (Subdivisão Policial) em Arapongas.

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Em nota, a diocese de Apucarana (Centro-Norte), à qual pertence a paróquia, "lamenta os fatos ocorridos (...) prestando todo apoio e solidariedade ao pároco, que no momento não estava no local.

Informa também que vem acompanhando toda a situação de ameaça, assédios e acusações sofridas pelo pároco há alguns meses, sendo injustas e descabidas".

Ainda conforme a nota, a diocese informa que "aguarda o cumprimento das medidas legais cabíveis pelas autoridades, a quem agradece por todo o apoio e auxílio na preservação da integridade física do padre e das pessoas envolvidas" e "que outras ações de segurança também serão tomadas pela paróquia", mas não divulga quais seriam essas providências.

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