Materiais foram apreendidos durante cumprimento de mandado de busca na casa de falsa profissional da saúde
Materiais foram apreendidos durante cumprimento de mandado de busca na casa de falsa profissional da saúde | Foto: Divulgação MP-PR

A comissão de sindicância da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (Centro-Norte) irá ouvir testemunhas do
caso da suposta técnica de enfermagem que atuou como voluntária na vacinação contra a Covid-19 na cidade, no Complexo Esportivo Lagoão. A oitiva deverá ocorrer entre os dias 21 e 24 maio. Vão prestar depoimento os organizadores e responsáveis pela vacinação em drive-thru. O prazo de conclusão da sindicância é de 30 dias. “Vamos apurar rigorosamente os fatos através da sindicância interna e colaborar com a investigação da Justiça. Somos os principais interessados em esclarecer esse caso”, garantiu o diretor presidente da autarquia, Roberto Kaneta.

No sábado (15), no momento em que a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dela, foi encontrado um frasco do imunizante AstraZeneca, com cinco doses, um vidro de Coronavac, com número ainda não determinado de doses, e um outro vazio, além de seringas e cartões de vacinação de Apucarana, resultando na prisão em flagrante. Ela teve a detenção convertida em preventiva pela Justiça.

Em depoimento à Polícia Civil, a suspeita confirmou o desvio da vacina contra o coronavírus e alegou que fez isso para aplicar numa família da região Noroeste, a qual seria muito grata por, segundo ela, terem lhe oferecido emprego no passado. Esta mesma família tem uma empresa em Apucarana.

Segundo a prefeitura da cidade, a mulher começou a atuar como voluntária na campanha de vacinação após se apresentar como técnica em enfermagem, no entanto, ela não tem formação na área e a experiência que tem é como cuidadora de idosos. O MP-PR (Ministério Público do Paraná) sustenta que requereu ao Juízo a expedição do mandado após denúncia de que a falsa enfermeira teria oferecido doses de vacina a pessoas não contempladas nos grupos prioritários por meio WhatsApp.

Na segunda-feira (17), deputados que integram a comissão especial criada na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) para apurar possíveis irregularidades na vacinação contra a Covid-19 aprovaram um requerimento de diligência para Apucarana. (Com informações da Prefeitura de Apucarana)

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