Maigue Gueths
De Curitiba
O Ministério Público voltou a ocupar ontem, em Curitiba, suas antigas instalações na histórica Casa Rosada, um prédio de 4,8 mil metros quadrados, construído em 1902 e que já abrigou diversos órgãos públicos. O retorno do MP ao imóvel só foi possível porque há dois anos a casa foi transformada, por decreto municipal, em Unidade de Interesse Especial de Preservação (Uiep). Além desta lei de incentivo, que possibilitou a venda de cotas de construção, a Prefeitura de Curitiba também entrou na parceria, possibilitando a restauração do imóvel, com custo total de R$ 2,4 milhões.
A Casa Rosada é um dos prédios mais antigos da cidade e está situada na Avenida Marechal Floriano, 1.251, no bairro Rebouças. Com as reformas, ganhou nova cor: laranja com detalhes em amarelo nas portas e janelas. A casa funcionará como uma subsede do ministério, centralizando num único prédio todos os centros de apoio operacional das promotorias.
‘‘Essa casa vai funcionar como uma grande espaço da cidadania’’, disse o procurador-geral da Justiça no Paraná Gilberto Giacóia, lembrando que as promotorias são um centro de referência para a população, além de prestar orientação às promotorias do interior. O novo procurador-geral Marco Antonio Teixeira, que assume o posto de Giacóia a partir de 7 de abril, disse que sua prioridade de trabalho será incrementar a área criminal, que é ‘‘um dos setores em que a população mais se ressente, pela falta de estrutura’’.
As histórias sobre a Casa Rosada são muitas. O prédio foi comprado pelo governo do Estado, ainda durante sua construção, para abrigar repartições públicas que estavam mal instaladas em imóveis alugados. O primeiro órgão a funcionar no local foi o Superior Tribunal de Justiça. Talvez venham dessa época, também, os boatos de que fantasmas costumam andar pelos corredores do prédio.