A Promotoria de Justiça de Ribeirão do Pinhal (Norte Pioneiro) realizará o lançamento da primeira fase do Projeto Ressignificar, iniciativa que consiste na implementação do grupo de reflexão para homens autores de violência doméstica e familiar contra a mulher. O evento acontece na quarta-feira (19), às 19h30, no Centro Cultural José Martins Sobrinho (Rua Paraná, 753, Centro).

O “Ressignificar” foi desenvolvido pelo Ministério Público do Paraná com a colaboração da comunidade, das secretarias de Assistência Social dos municípios de Ribeirão do Pinhal, Jundiaí do Sul e Abatiá (integrantes da comarca) e da subseção de Santo Antônio da Platina da OAB Paraná. A exemplo de outras iniciativas realizadas no estado, o projeto tem o objetivo de estimular a reflexão em torno de atos, valores e ideias presentes no contexto da violência de gênero, com foco na violência contra a mulher.

Durante os encontros, os mediadores irão propor a reflexão do grupo a respeito de temas como os papéis familiares e os conflitos de convivência; questões biológicas, sociais, históricas e culturais relacionadas a gênero; o papel da comunicação e a solução dos conflitos a partir do diálogo; o impacto da violência nos relacionamentos familiares; a maneira como a violência é percebida pelos filhos; a identificação do comportamento agressivo, a prevenção da violência e o autocontrole; e a história da Lei Maria da Penha e sua execução. Os participantes também terão a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre situações jurídicas e legais.

ATENÇÃO ÀS MULHERES

A segunda fase do projeto, prevista para ocorrer no segundo semestre, voltará suas atenções às mulheres vítimas de violência doméstica, por meio do desenvolvimento de trabalhos e oficinas que levem ao desenvolvimento da autonomia e da profissionalização.

OUTRAS COMARCAS

No âmbito do Ministério Público do Paraná, várias comarcas têm desenvolvido programas de recuperação de homens agressores, com sucesso nas experiências empreendidas. Levantamento do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos aponta para a existência de ao menos 66 iniciativas que contam com a participação de Promotorias de Justiça em 58 comarcas.

A Lei Maria da Penha prevê uma atuação multifacetada por parte do Ministério Público no combate, prevenção e erradicação da violência doméstica e familiar. A criação de grupos reflexivos destinados aos autores de violência faz parte desse contexto. A partir do trabalho de uma equipe multidisciplinar e interinstitucional, tais grupos estimulam os agressores a refletirem sobre as raízes culturais da violência contra as mulheres e a repensarem suas condutas, o que resulta na redução da reincidência.

(Com informações do MP)

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