O Ministério Público comunicou o prefeito Marcelo Belinati (PP) que encontrou "dificuldades estruturais" durante a fiscalização do trabalho dos conselheiros tutelares de Londrina. Dois problemas foram constatados: a não liberação de internet nos celulares dos plantões e a falta de notebooks para registro das diligências. O ofício que a FOLHA teve acesso foi enviado à Prefeitura de Londrina no dia 23 de março.

Imagem ilustrativa da imagem MP diz que conselheiros tutelares estão sem internet para trabalhar nos plantões
| Foto: Arquivo FOLHA

A promotora Révia Aparecida Peixoto de Paula Luna solicitou que o acesso à internet seja liberado imediatamente. Ela também quer a "disponibilização urgente" dos aparelhos. O prazo dado para resposta das requisições do MP foi de um mês. Possível de ser contactado pelo telefone 125, o Conselho Tutelar funciona 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana e feriados. Além do plantão geral, as ocorrências são atendidas sem interrupção pelas regionais (norte, sul, centro, leste, oeste e zona rural).

O órgão foi criado em 1991 em Londrina. Em 2020, 25 novos profissionais foram empossados com mandatos que vão até 2024. "Essas funções são de importância excepcional, amparam e balizam a atividade dos demais órgãos do Sistema de Proteção à Criança e Adolescente", considerou a promotora no documento.

Três dias após o encaminhamento, a secretária de Gestão Pública na época, Juliana Guimarães Cornélio Rodrigues, que estava substituindo Fábio Cavazotti, o titular da pasta, informou que "caso alguns dos itens apontados no ofício do Ministério Público necessite ser adquirido, colocamo-nos à disposição para promover a licitação".

Em entrevista à FOLHA, a secretária de Assistência Social, Jacqueline Micali, disse que "não recebeu nenhum pedido do Conselho Tutelar da necessidade de notebooks, necessário para a elaboração de um processo licitatório. Vamos verificar se há orçamento para isso".

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