Em Rolândia (Norte), a segunda-feira é o dia da semana mais esperado para um grupo de mulheres da terceira idade. Elas são um exemplo para aqueles que associam o processo de envelhecimento a tristeza, dor e solidão. Depois de conhecerem os benefícios da Dança Sênior, elas afirmam que as dificuldades decorrentes da idade, agora, são mais agradáveis de serem combatidas.
É por isso, que todas as segundas, pontualmente às 17 horas, elas participam da aula, ministrada pela professora Andreia Marta Kloc Gomes. ''É uma atividade para a terceira idade que engloba coreografias e exercícios, fazendo com que a lateralidade, memória e ritmo sejam estimulados de uma maneira prazerosa, sem muito esforço. Também é uma forma de fazer com que essas pessoas saiam de casa e se sociabilizem novamente'', explica.
Durante a aula, Andreia utiliza garrafas plásticas, lenços, bastonetes, bolas de tênis e o que mais a imaginação lhe permitir. E, para dar ritmo às coreografias, ela recorre a músicas alemãs, russas, americanas e brasileiras.
Fundado há dois anos, o grupo, que é formado por 17 alunas, sente falta da presença masculina. ''Se um tiver a iniciativa, outros também virão'', comenta Ursula Saegesser, de 67 anos, auxiliar de Andreia. Para ela, que tinha dores muito fortes no ombro, a Dança Sênior foi o melhor remédio encontrado. ''São exercícios para todas as idades, pois além de uma melhora física, a mente também é estimulada'', defende.
Criada pela alemã Ilse Tutt em 1971, a Dança Sênior deu os primeiros passos no Brasil no ano de 1993. Considerado um movimento que reúne pessoas que desejam desenvolver vida plena na velhice, a atividade já foi adotada por cerca de 250 grupos em todo o país. Mas no Paraná ainda são poucos, apenas três.
Karen Bonetta, de 67 anos, lamenta que muitas pessoas ainda não conheçam a atividade. ''É diferente de alongamento e outros tipos de dança. É tudo isso e mais um pouco. Hoje, por exemplo, não me troco por nenhuma menina de 20'', brinca Karen, que ganhou o título de animadora da turma, além é claro, de mais vaidosa.
Quem também não abre mão das aulas é Suzane Berendi, de 87 anos. Depois de enfrentar um câncer de mama e ter se submetido a três cirurgias, ela afirma que se sente renovada. Frequentadora há um ano, Suzane define bem os benefícios que as aulas proporcionam: ''os anos avançam, mas parece que nosso corpo e mente rejuvenescem''.

Serviço - As aulas acontecem todas as segundas-feiras, das 17h às 18h30, no salão do Edifício Bremen Center, na Avenida Getúlio Vargas, em Rolândia. Mais informações: (43) 3256-2336.