‘Motolância’ do Samu deve começar a funcionar em Londrina neste ano
Prefeitura abriu licitação para comprar três motocicletas, com valor máximo de até R$ 51,3 mil cada
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quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Prefeitura abriu licitação para comprar três motocicletas, com valor máximo de até R$ 51,3 mil cada
Pedro Marconi
O atendimento pré-hospitalar móvel do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) deve começar a operar em Londrina ainda neste ano, segundo projeção da secretaria municipal de Saúde. Em janeiro, a FOLHA mostrou a intenção da prefeitura em desenvolver este projeto na cidade, seguindo o que já acontece em outras cidades do Brasil. No Paraná, Cascavel (Oeste) é pioneira no atendimento de urgência e emergência com motocicletas.
Nesta semana, o poder público londrinense abriu uma licitação para a compra de três motos, que serão utilizadas nesta iniciativa. Entre as especificações estão que os veículos obrigatoriamente terão que ser na cor branca; dispor de potência de, no mínimo, 19,5 cavalos; alimentação por injeção eletrônica; sistema de freios a disco dianteiro e traseiro com ABS e protetores de mãos nos manetes.
O valor máximo de cada moto deve ser de até R$ 51,3 mil. O edital tem um teto financeiro de R$ 1,3 milhão, no entanto, o certame também engloba a aquisição de dois furgões – de até R$ 445 mil cada – para serem utilizados como ambulância. As empresas interessadas podem apresentar as propostas até o dia 19 de setembro.
Uma portaria do Ministério da Saúde regulamenta a “motolância”. “São motos equipadas para fazer o primeiro atendimento de urgência e emergência. Acreditamos que ainda em 2024 será possível colocar em prática este serviço, que é para atuar em determinadas situações para que tenhamos uma redução no tempo resposta de atendimento”, destacou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
SERVIDORES NA DIREÇÃO
As motos serão pilotadas por servidores do Samu, como enfermeiros ou técnicos de enfermagem. “A portaria de urgência e emergência estabelece os critérios de habilitação das equipes de servidores, que passam por um treinamento em relação à direção defensiva, os cuidados no trânsito”, citou. O funcionamento deverá ser durante o dia, das 7h às 19h, atendendo à exigência do Ministério da Saúde.
“Quem vai definir a tecnologia empregada em cada ocorrência, se vai ser a moto, uma ambulância básica, uma ambulância avançada ou se vai ser o helicóptero, é o médico regulador, de acordo com os dados das ocorrências. Mas o objetivo principal da moto é um atendimento rápido de urgência e emergência para que possa estabilizar minimamente o paciente até que chegue a equipe com o médico”, detalhou.
Apesar de a regulação do Samu de Londrina ser a nível regional, o serviço com as motos é restrito para a cidade. “Porque é um serviço que vai ser custeado integralmente pela prefeitura. A regulação do Samu é para os para os 21 municípios, mas cada município tem a sua responsabilidade dentro do Samu, na rede de urgência e emergência”, frisou. Recentemente foram adquiridos desfibriladores para compor o kit de primeiros socorros das equipes de motociclistas.