Curitiba - A transferência de 400 famílias de uma área de invasão da margem do Rio Atuba, em Curitiba, vem sendo questionada por moradores do local. O motivo, segundo eles, seria o tamanho das casas oferecidas pela Prefeitura de Curitiba: cerca de 30 metros quadrados.
A assessoria de Comunicação da prefeitura contesta a alegação dos moradores e lembra que o tamanho inicial das moradias é apenas um embrião para que a construção seja ampliada posteriormente. Pelo projeto original, as casas podem ser duplicadas.
A prefeitura alega ainda que os moradores terão a opção de escolher entre a moradia já pronta ou um lote com 160 metros quadrados. Nos dois casos, os valores serão pagos pelos novos moradores em prazos e prestações a serem definidas pela Companhia de Habitação (Cohab) de acordo com o rendimento mensal de cada família.
A prefeitura pretende transferir as famílias dentro de dois meses e justifica a mudança porque os moradores ocupam a área de forma irregular, não têm registro dos lotes e por questões de segurança, uma vez que estão em uma área de risco. As 400 famílias que estão distribuídas por oito vilas, ocupam o local há cerca de 20 anos.
Para acomodar os moradores em 200 lotes e 182 casas, a Operação Cajuru deve contar com recursos da própria prefeitura e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O coordenador de Regularização Fundiária da Cohab, Marco Aurélio Becker, informou ontem que valor dos recursos aplicados na Operação Cajuru chegam a R$ 14,870 mil. Ainda segundo ele, os lotes e casas poderão ser pagos em até 25 anos.
Depois de concluída a transferência das famílias, a prefeitura vai implantar um parque linear na margem do Rio Atuba, que contará com campo de futebol, quadras esportivas e outros equipamentos de lazer. O objetivo é evitar que o local seja ocupado novamente com áreas de invasão.