Moradores do Conjunto Flores do Campo, zona norte de Londrina, fizeram um abaixo-assinado pedindo a circulação de uma linha de ônibus de pelo menos uma em uma hora no bairro. O documento foi enviado â Câmara de Vereadores, Ministério Público e Companhia Municipal de Trânsito e urbanização (CMTU). Segundo o ofício, o itinerário seria importante "diante da quantidade de trabalhadores, estudantes, idosos e pessoas com deficiência utilizarem transporte coletivo".

A reivindicação é que um ônibus circule de hora em hora pelo bairro
A reivindicação é que um ônibus circule de hora em hora pelo bairro | Foto: Celso Pacheco/11.10.2016



De acordo com uma das lideranças do Flores do Campo, Cristiano Rodrigues, "quem necessita do ônibus tem que sair de casa em torno de uma hora a quarenta minutos antes". O ponto mais próximo fica na Avenida Saul Elkind, na entrada do Jardim Catuaí. "Quando chove, é uma tristeza só, todo mundo fugindo da lama. Se tivéssemos uma linha que passasse aqui perto, nossos problemas seriam resolvidos", ponderou.

Em outubro de 2016, uma reunião entre o então prefeito Alexandre Kireeff, Caixa Econômica Federal e Ministério Público deliberou pela implantação da coleta de lixo e do tráfego de ônibus. Para Rodrigues, a última reivindicação não foi atendida. "Ficou só na conversa, na promessa. Estamos aguardando uma posição dos órgãos que foram oficiados", disse.

Empreendimento tem 1.218 unidades e está ocupado desde setembro do ano passado
Empreendimento tem 1.218 unidades e está ocupado desde setembro do ano passado | Foto: Ricardo Chicarelli/Grupo Folha



Procurada pela reportagem, a asessoria de imprensa da CMTU informou que as linhas 418 (Jardim Primavera) e 425 (Comercial Norte) já trafegam na continuação da Saul Elkind. Por isso, a companhia orienta que as pessoas interessadas em ir até o conjunto devem desembarcar na continuação da avenida.

Com mais de 1.218 unidades, o Flores do Campo é um empreendimento do programa federal Minha Casa, Minha Vida. As obras estão paradas há mais de dois anos. Nesse período, cerca de 500 famílias ocuparam o local. A Justiça Federal até chegou a expedir a reintegração de posse, mas o mandado não foi cumprido até agora.