Os moradores do conjunto Cafezal, na região sul de Londrina, não escondem a revolta pelas atuais condições estruturais da UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro. “O posto está com infiltrações e desgastado com o tempo. Está bem precário”, desabafou o comerciante Everson Vidal. A unidade foi construída há 40 anos e a última reforma significativa aconteceu em 2014.

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Cansado de esperar pelas melhorias, um grupo de pessoas que dependem do posto fizeram um protesto, na noite de quinta-feira (21), em frente ao prédio de saúde, com a participação de movimentos populares, para chamar a atenção do poder público municipal para as reivindicações. Com faixas e cartazes, cobraram a reforma e também a presença de mais médicos, principalmente especialistas, como pediatras e ginecologistas.

“A gente vem marcar um médico e demora um, dois meses para conseguir a consulta. Revolta, porque a pessoa precisa e não tem o médico. Tem um médico que é ótimo, mas não é apenas clínico geral. Precisamos de ginecologista para agilizar a diminuir a fila de espera”, criticou a dona de casa Ivonete Lobato.

Os pacientes destacam que muitas crianças vivem na localidade e com a falta de um pediatra, as famílias são obrigadas a se deslocar até o PAI (Pronto Atendimento Infantil), que fica a mais de oito quilômetros de distância. “Precisamos desses médicos e estamos lutando por isso. Pagamos nossos impostos. Meu filho tem problema, ele precisa de remédio controlado e dependo de ele passar com o pediatra, para encaminhar para o psicólogo. Tenho gastado R$ 400 com médico particular”, relatou a dona de casa Pamela Moraes.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Segundo o secretário municipal de Saúde, a projeção é de que a revitalização da unidade inicie ainda neste ano. “Essa reforma incluirá uma pequena ampliação. Por isso, foi necessário licitar a contratação de um projeto arquitetônico que contempla todas as alterações. O projeto está na fase final de elaboração, aguardando aprovação da Copel. Após recebermos o projeto arquitetônico, nossa equipe de engenharia fará o orçamento da obra e a encaminharemos para licitação”, garantiu Felippe Machado.

O secretário também disse que três clínicos gerais atendem no posto e que o ginecologista vai uma vez por semana. “Infelizmente, até 15 dias atrás, tínhamos também um pediatra, mas, por decisão própria, ele deixou o posto. Estamos em busca de um novo pediatra, mas como é amplamente conhecido, essa é uma especialidade com poucos médicos disponíveis. É um desafio atrair profissionais para o serviço público”, argumentou.

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