Miola não sabe
quantas empresas
estão em seu nome
Pelo menos uma das três empresas de Solano da Ros ainda está em nome de Osório Miola. Ele acredita que duas delas não existem mais juridicamente. ‘‘Eu não sei quais são, mas o Solano me garantiu que já deu baixa em duas’’, disse Miola, que apesar de ter sido enganado, ainda parecia dar um voto de confiança ao seu ex-patrão. O vigia não sabe dizer qual empresa ainda estaria em seu nome.
Durante os cinco anos em que trabalhou para Ros, Miola atuou primeiramente na construtura, onde ficou por um ano. Depois passou a trabalhar na Venelux e acabou retornando para o endereço da construtora, que hoje não passa de um barracão desativado. De acordo com Miola, a empresa de construção civil foi desativada há uns quatro anos e a Venelux há dois anos. O vigia não conhece o terceiro empreendimento de Solano, a Edificadora Veneto, que também está, ou estava, em seu nome.
‘‘Tudo o que eu quero é limpar meu nome’’, explicou Miola, que já prestou depoimento no Ministério Público onde contou a sua história. ‘‘Não tenho medo de nada, pois não devo nada’’, acrescentou. As declarações do vigia foram ouvidas por um promotor de Curitiba, porque o declarante não tinha dinheiro para viajar até Londrina, comarca reponsável pelo processo das irregularidades na AMA e na Comurb. ‘‘Se eu tivesse dinheiro processaria o Solano’’, afirmou Osório, demostrando total desconhecimento dos trâmites e ações judiciais cabíveis nesse caso.
Gerson Miola, irmão de Osório, que possui uma casa lotérica no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, confirmou a história de ‘‘laranja’’ e lamentou toda essa complicação judicial. O vigia conheceu e começou a trabalhar com Solano através de seu irmão, que já trabalhava em uma das empresas que estão sob investigação. ‘‘Meu irmão entrou de gaiato, foi prejudicado e agora não sabe o que fazer’’. (G.F.)