Após deliberação do Coesp (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública) e ratificação do executivo, as feiras estão liberadas para retomar as atividades em Londrina. De acordo com o presidente da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), Marcelo Cortez, isso vai acontecer com uma série de medidas de prevenção e combate ao coronavírus.

materia sobre a feira dos cinco conjuntos reduto de politicos em periodo eleitoral. foto: roberto custodio - folha de londrina - 02/02/2020
materia sobre a feira dos cinco conjuntos reduto de politicos em periodo eleitoral. foto: roberto custodio - folha de londrina - 02/02/2020 | Foto: Gustavo Carneiro

Mesmo com a liberação, a Feira do Cincão, realizada na avenida Saul Elkind, zona norte da cidade, não vai ser realizada neste fim de semana. “Todos os feirantes estão de comum acordo e foi proposto por eles e por nós. Por ser maior, dependemos de mais tempo para preparar o local. Não conseguiríamos fazer todas as ações no Cincão já neste domingo (29)”, justificou Cortez.

Os trabalhadores que atuam na maior feira da cidade foram autorizados a participar das demais que acontecem na região central. “Vamos disponibilizar espaços no centro para eles, se quiserem. Não se trata de distinção, mas paciência. Se precisarmos fechar mais vias na Saul Elkind, precisamos avisar os comerciantes com antecedência”, exemplificou. A Feira do Cincão ocupa 16 quadras e a expectativa é que mais vias sejam utilizadas. “Deverá retornar no próximo fim de semana”, projetou.

Um decreto municipal deverá ser publicado com as regras que precisarão ser adotadas para o funcionamento das feiras. Será obrigatório o uso de máscaras e luvas pelos feirantes e os acessórios de contenção pelos visitantes. Álcool em gel terá que ser disponibilizado nas barracas, assim como nas entradas. O distanciamento entre as bancas será no mínimo de dois metros.

A CMTU vai fornecer máscaras para serem distribuídas gratuitamente para quem não tiver. “Cada banca vai ter sacola plástica e o cliente vai pegar e escolher o produto para pesar. Não terá mais a tradicional bacia”, alertou Cortez. Já nos estabelecimentos que vendem alimentos como pastéis e churros, o consumo está vedado no local. “Estão proibidos bancos, mesas e só será permitido que as pessoas peguem o alimento e levem para comer em casa.”

Presidente da União do Feirantes de Londrina, Silvio Costa agradeceu a sensibilidade do poder público e do Coesp com a demanda da categoria e pediu conscientização da população. “Sabemos que muitas pessoas querem comer pastel na feira, mas o feirante pode ser penalizado. É por um período (as regras) e logo poderemos voltar à rotina”, projetou.

Londrina tem 34 feiras livres entre aquelas que acontecem durante o dia e noite. Não está descartado que, se necessário, as feiras ocupem mais vias públicas por conta da necessidade de maior espaçamento. “Como terá a retirada das mesas e cadeiras, acreditamos que dá para compensar e adequar no mesmo espaço”, ponderou Costa.