Mensalidades variam
de R$ 250,27 a R$ 970,35
Os cursos da PUC/PR foram reajustados em 11,55% em relação ao ano passado. Isto significa que os quase 2 mil candidatos que disputam uma das 70 vagas de Medicina, um dos cursos mais caros da instituição, ao lado de Odontologia e Veterinária, devem estar conscientes de que terão de desembolsar R$ 970,35 por mês, caso passem no vestibular, fora as despesas com livros e material didático. Os cursos de menor mensalidade, em R$ 250,27, são os de Filosofia, Letras, Pedagogia e Ciências Religiosas.
Mas estes valores ainda podem ser alterados para os calouros. Segundo o reitor em exercício João Oleynik, as mensalidades para o 1º ano ainda dependerão de avaliação dos projetos pedagógicos a serem implantados em cada curso e dos custos dispendidos. O Diretório Central dos Estudantes (DCE), entretanto, não aceita variação das mensalidades. ‘‘Sabemos que alguns cursos estão subsidiando outros, por isso não aceitamos aumento da mensalidade para o 1º ano’’, diz o presidente do DCE, Sérgio Bucoski.
O valor das mensalidades foi estabelecido em dezembro, depois de muita negociação entre a Reitoria e o DCE. Segundo Bucoski, a intenção da Universidade era obter reajuste superior à inflação do ano, que deve ficar em cerca de 18%. ‘‘A primeira proposta da PUC/PR foi de 29%, caiu para 19%, depois foi para 17,5%. Negociamos de novo e conseguimos chegar aos 11,55%’’, diz o presidente do DCE. Para o reitor em exercício, este valor é insuficiente para cobrir os gastos da univeridade.
Segund o Oleynik, a PUC/PR tem uma perda anual de 9 a 12% de seus alunos, entre inadimplentes e desistentes. Existem, hoje, três tipos de bolsas de estudo em vigor, sendo que a Bolsa Rotativa é fornecida diretamente pela PUC/PR. Já o Crédito Educativo foi substituído para os novos pelo Financiamento de Instituições de Ensino Superior (Fies), ambos ligados ao governo federal. Em todos os casos, os alunos pegam a bolsa comprometendo-se a pagá-la após a graduação.
A Reitoria e o DCE divergem sobre o número de bolsas de estudo existentes. O reitor acredita que a instituição mantenha entre 1,5 mil a 2 mil Bolsas Rotativas, além de 1 mil pelo Crédito Rotativo e Fies. Já o DCE diz que há cerca de 3,8 mil beneficiários de bolsas, sendo 2,4 mil pelas Bolsas e 1,2 mil pelo Crédito e Fies.