Terrenos vazios tomados pelo mato transformaram-se em um tormento para moradores de diversos bairros em Londrina. O mato alto acarreta diversos problemas, desde a imagem de abandono até a proliferação de insetos e outros bichos que acabam entrando nas casas vizinhas.
A moradora do Jardim Colúmbia, na zona sul, Maria Ribeiro, afirma que o mato toma conta de 90% do bairro. No terreno ao lado de onde mora, o mato chegou a cobrir o muro da sua casa, invadida por aranhas e até uma cobra. Há quatro anos, Maria Ribeiro vem pagando o serviço de roçagem do terreno vizinho para evitar problemas dentro de sua casa.
Outro problema são os assaltos. A imagem de abandono e o mato alto acabam facilitando a ação de ladrões que agem até no meio da tarde. ‘‘Eu mesma fui assaltada assim que mudei para cá. Levaram tudo, porque o mato do terreno ao lado cobria a minha casa’’, contou Maria Ribeiro.
O conjunto Maria Celina, na zona norte, enfrenta a mesma situação. O morador Anderson Nogueira afirma que uma cobra foi encontrada em um dos terrenos vazios do bairro. As reclamações são constantes, mas até o mato não foi cortado.
O diretor-operacional da Autarquia Municipal do Ambiente (AMA), João Mendonça, afirma que faltam recursos humanos, maquinários e verba para conseguir atender a cidade. Segundo ele, para começar a colocar a cidade em ordem a AMA precisa de uma injeção de R$ 500 mil. A expectativa é de que em três meses isto ocorra.