Os pescadores profissionais poderão voltar a utilizar redes, tarrafas e outros utensílios de pesca de uso proibido durante a piracema, que terminou ontem. O período de restrição à pesca embarcada nos rios do Estado que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Paraná começou no dia 1º de novembro do ano passado.
O tenente Renato Marchetti, da Polícia Militar Florestal de Foz do Iguaçu, explica que o pescador profissional não é pescador esportivo. Este, bem como o amador, continua limitado ao uso de molinetes e varas de pesca, diz Marchetti, diferenciando as pessoas que vivem da pesca e moram em colônias nas margens do rio. Levantamento do escritório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), em Foz, aponta o registro de mil pescadores na cidade, mas somente 400 estariam sobrevivendo da profissão.
Ontem, a Polícia Militar Florestal apresentou os equipamentos apreendidos com pescadores durante a piracema. O material será destruído, por meio de reciclagem, conforme determina a Lei dos Crimes Ambientais de fevereiro de 1998. Os 12 barcos apreendidos, entretanto, serão liberados mediante o pagamento da multa, podendo ser confiscados a fiel depositário, de acordo com o previsto na legislação ambiental.
Os 254 quilos de pescados foram doados às casas assistenciais de Foz, segundo o sargento José de Fátima Costa, do Pelotão da Polícia Militar Florestal. Apenas uma peça de dourado foi destruída porque estava imprópria para o consumo. Quanto aos R$ 16.520,00 referentes às multas emitidas durante a piracema, Costa informa que o dinheiro vai diretamente para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), quando a multa é paga pelo infrator.