Maringá registra recorde de 12 mortes em último boletim

O boletim coronavírus divulgado pela Secretaria de Saúde de Maringá (Noroeste) nesta terça-feira (15) registra um recorde de 12 mortes por Covid-19. O comunicado também aponta 403 novos casos dos de infectados pelo novo coronavírus. Desse total, 222 são mulheres com idade entre 14 e 88 anos; 174 são homens, com idade entre 16 e 90 anos; e sete crianças entre 1 e 12 anos. Das vítimas fatais são 11 homens (entre 40 e 95 anos) e uma mulher com 74 anos. Três das vítimas fatais não tinha comorbidade. Com isso, o município chega a 19.661 casos confirmados e 257 óbitos desde o início da pandemia, além de 14.843 casos encerrados/recuperados. Há 4.416 pessoas em isolamento domiciliar e 27 suspeitos internados, todos adultos. São 20 pacientes na enfermaria e 7 na UTI.

Segundo a prefeitura, o expressivo número de óbitos é resultado do agravamento da pandemia e consequência do relaxamento com as medidas de prevenção, especialmente com o distanciamento físico e uso de máscara. "Não há margem segura fora dos protocolos recomendados. Portanto, é urgente a retomada dos cuidados para conter a circulação viral e aumento de casos, até para preservar a capacidade de atendimento da rede hospitalar. A ocupação de leitos de enfermarias e UTIs está próxima de níveis alarmantes em todos hospitais da macrorregião, que envolve 115 municípios. Sem o entendimento que o enfrentamento ao coronavírus é uma missão coletiva, ou seja, envolve cada um e todos, a superação da pandemia vai se arrastar e pode ficar cada vez mais grave", detalha o comunicado da prefeitura.

Questionado sobre a possibilidade de começar a encaminhar pacientes para outros municípios diante da quantidade de internações ter aumentado muito, a assessoria de imprensa informou que isso é protocolo normal, porque Maringá está dentro da macrorregião, ressaltando que não é definido pelo município e sim pela regulação do Estado, pela Central de Leitos, que cuida de 115 municípios das regionais de saúde de Maringá, Cianorte, Umuarama e Paranavaí. Segundo a assessoria, eles têm acompanhado a situação geral, pois é alarmante como os números apontam.

Ainda de acordo com a assessoria da prefeitura, não haverá endurecimento dos protocolos de segurança de imediato, como limitação do horário do comércio ou aumento da quantidade de ônibus, e que o município defende mais rigor no comportamento das pessoas em relação aos protocolos de prevenção. A pasta informou, por meio da assessoria, que não descarta medidas mais restritivas, mas que no momento é difícil conter as pessoas em casa.

OCUPAÇÃO HOSPITALAR

Sobre a ocupação hospitalar, dos leitos geral privado, há 618 dele voltados para a enfermaria , dos quais 366 estão ocupados (59,22%). Dos 94 leitos de UTI adulto, 93 estão com pacientes ( 98,94%). Dos 26 leitos de UTI Neo/Pediatria, 13 estão com crianças (50%).

Sobre os leitos Geral SUS, dos 831 leitos de enfermaria, 592 estão com pacientes (71,24%). Dos 135 leitos de UTI Adulto, 99 estão ocupados (73,33%). Dos 33 leitos de UTI Neo/Pediatria, 15 estão com crianças (45,45%). Sobre os leitos exclusivos Covid-SUS, dos 87 leitos de enfermaria, 50 estão tomados (57,47%). Dos 65 leitos de UTI adulto, 45 estão com pacientes (23 são de MAringá e 22 de outras cidades). Dos cinco leitos de UTI Neo/Pediatria, três estão tomados (60%). A cidade permanece sob a bandeira laranja, o que indica alto risco.