Marcos Zanatta
De Maringá
Em julho do ano passado, técnicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estiveram em Maringá estudando a viabilidade da implantação de um trem de passageiros até Londrina. Outros nove municípios da região seriam incluídos no roteiro. O levantamento foi feito a pedido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). O transporte de passageiros entre Maringá e Londrina foi desativado pela Rede Ferroviária Federal há 19 anos.
O estudo foi baseado em um levantamento sócio-econômico da região, apontando a viabilidade de implantação do transporte ferroviário de passageiros entre as duas cidades. A previsão do BNDES é de concluir as análises até o início do segundo semestre deste ano, iniciando em seguida a construção da estrutura necessária. O banco acena com financiamento de até 60% das obras necessárias, a maior parte de estações de passageiros. O restante dos recursos devem ser aplicados pelas prefeituras.
Pelos cálculos iniciais dos técnicos da UFRJ e do BNDES, um sistema atualizado pode permitir o transporte de até 600 passageiros nos 119 quilômetros da linha férrea entre Maringá e Londrina, a uma velocidade entre 100 e 110 quilômetros por hora. A Prefeitura de Maringá também tem um projeto de tranporte ferroviário de passageiros para a região metropolitana, aproveitando a linha férrea existente.
Para o prefeito de Apucarana, Carlos Roberto Scarpelini (PSDB), seria muito interessante resgatar esta alternativa de transporte coletivo interurbano para o Norte do Estado. Contudo, ele pondera que os preços das passagens devem ser mas acessíveis em relação ao transporte rodoviário.
‘‘É preciso levar em conta que a viagem de trem é mais demorada e que, nem sempre, são oferecidas as mesmas condições de conforto aos passageiros’’, opina Scarpelini, acrescentando que é totalmente favorável a essa proposta, que pode até representar também uma nova alternativa de investimento através do turismo. (Colaborou Maurício Borges, de Apucarana)