Manifestantes picham a Concha Acústica de Londrina
Crime aconteceu durante feriado do Dia do Trabalhador; funcionários da prefeitura realizaram a pintura do espaço público na manhã desta sexta
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 02 de maio de 2025
Crime aconteceu durante feriado do Dia do Trabalhador; funcionários da prefeitura realizaram a pintura do espaço público na manhã desta sexta
Jéssica Sabbadini - Especial para a FOLHA

Um grupo de manifestantes pichou um dos principais símbolos de Londrina, a Concha Acústica, no centro da cidade, durante o feriado do Dia do Trabalhador, nesta quinta-feira (1°). O crime aconteceu durante uma manifestação em prol do fim da escala 6x1, assunto que foi retratado na pichação. A pintura do espaço público foi feita durante a manhã desta sexta-feira (02).
Secretário municipal de Defesa Social, Felipe Juliani explica que a pasta estava com agentes durante o ato justamente para prevenir qualquer irregularidade. Entretanto, os manifestantes teriam feito uma barreira humana no momento da pichação, impedindo que as equipes identificassem os envolvidos na degradação de um patrimônio público.
Um totem de segurança está instalado a menos de 30 metros de distância do local, mas o equipamento não traz imagens claras do momento do crime. “Fica um borrão e a gente não conseguiu identificar os autores através do totem”, explica o secretário.
Segundo ele, a pasta está colhendo imagens de outro totem de segurança, que fica nas proximidades, além do apoio de câmeras de segurança dos prédios da região no entorno da Concha Acústica.
As imagens podem ajudar os agentes a identificar padrões de vestimentas, por exemplo, que vão ser encaminhadas para a Polícia Civil. Juliani aponta que o objetivo é que a investigação identifique o autor do crime, assim como quem organizou a manifestação. O secretário aponta que, na visão dele, é possível culpabilizar também os organizadores do ato, mas que isso ficará a cargo da Polícia Civil.
Ele destaca que os totens de segurança, apesar dos pontos positivos, não estão sendo aparelhos que colaboram com o trabalho de investigação. A pasta, inclusive, já demonstrou o interesse em substituir os equipamentos por outros mais modernos, com tecnologia de reconhecimento facial e de placas. “A gente vai trabalhar com mais inteligência para fazer um mapeamento e abranger mais pontos”, explica, complementando que o cercamento digital envolve câmeras escondidas também.
MULTA DE ATÉ R$ 5 MIL
O secretário aponta que a pichação é um crime em que a multa pode variar de R$ 500 a até R$ 5 mil, sendo que o autor também pode ser enquadrado no crime de dano ao patrimônio público.
Em relação à pichação da base da Guarda Municipal, no Calçadão de Londrina, no mês de fevereiro, Juliani aponta que o caso está com a Polícia Civil e que foi possível identificar o autor através do mapeamento do trajeto feito por câmeras de segurança. Segundo ele, um pedido de prisão ou de busca e apreensão já foi solicitado ao Judiciário.
Ele aponta que os casos de pichação vem caindo, mas que a maior parte dos casos envolve grandes grupos que têm o crime como uma marca registrada. “Nesse caso da Concha Acústica é mais um manifesto político”, observa.

