Manifestação foi pequena nas outras instituições
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quinta-feira, 30 de março de 2000
Denise Angelo
De Ponta Grossa
Especial para a Folha
Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) não aderiram ao movimento organizado pelo Sindicato dos Servidores da entidade (Sintespo), reivindicando, entre outras coisas, a reposição salarial de 42%. Cerca de 100 funcionários deram início às manifestações às 7 horas no campus de Uvaranas. Por volta das 9h30 o grupo se dirigiu ao prédio central da UEPG, onde o protesto teve continuidade até a tarde. A instituição conta com mil servidores e 700 professores.
O presidente do sindicato, Antônio Tomal, disse que ficou decepcionado com a falta de adesão do corpo docente. Ou os professores estão satisfeitos com a atual política salarial e educacional do governo, ou eles realmente não têm tempo.
O reitor da UEPG, Roberto Frederico Merhy, disse que apoia o movimento por se traduzir na luta pelo ensino superior no Paraná e também por ter acontecido de forma organizada. Sobre a situação da entidade, Merhy explica que os recursos recebidos em 99 (R$ 35,9 milhões) não foram suficientes para cobrir a folha de pagamento e manutenção da instituição. Conseguimos gerar uma renda de cerca de R$ 6 mil para fazer frente às nossas despesas, ou seja, quase 19% do total que recebemos do Estado.
Na Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) aconteceu ontem à tarde uma assembléia no auditório da instituição, em Guarapuava, com a participação de 70 pessoas e a presença do reitor Carlos Alberto Gomes. Ele explicou que do orçamento previsto para a Unicentro, que era de R$ 14,9 milhões, será repassado R$ 11,7 milhões. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Unicentro (Sintesu) decidiu formar uma comissão para percorrer a universidade e divulgar o movimento.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) só deve se mobilizar na semana que vem, dependendo de negociações com a reitoria. Ontem, a movimentação ficou restrita a alguns representantes do sindicato percorrendo o câmpus e conscientizando os servidores sobre uma possível manifestação.
Na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que conta com cinco câmpus e três extensões, foram distribuídos folhetos sobre a campanha.