Modificações no corpo da gestante, desenvolvimento do bebê, técnicas de respiração para o momento do parto e cuidados com o recém-nascido. Estes são os principais temas que nortearão o curso de Orientação para Gestantes e Companheiros, que começa no próximo sábado (1º de setembro), na Unifil, e será realizado em quatro encontros.
De acordo com a enfermeira obstetra e coordenadora do curso de Enfermagem da Unifil, Kátia Kreling Vezozzo, o objetivo é promover um curso participativo, por meio do qual o casal ou a mãe solteira possa expor suas angústias, compartilhar experiências e sanar as principais dúvidas. ''Embora cada casal possa estar em uma etapa diferente da gravidez, todos podem aprender juntos como superar as dificuldades e curtir da, melhor forma possível, este momento único na vida do casal.''
Com vagas para 20 casais, o curso engloba aulas teóricas e práticas, que ensinam a mãe a como se relacionar com o bebê e incentivam a participação pais, mostrando como eles podem ajudar as companheiras e tornarem-se mais próximos dos filhos nas pequenas atividades do dia a dia. ''Nós percebemos que os pais de hoje em dia querem muito participar de todo o processo. Eles se sentem felizes, satisfeitos por poderem fazer algo pela mãe e o bebê, mas nem sempre sabem como ajudar'', observa.
Kátia destaca que as principais dúvidas dos casais que fazem o curso referem-se às náuseas no primeiro trimestre da gravidez, às modificações corporais no segundo trimestre e às dificuldades decorrentes do aumento de peso, no último trimestre. Todos estes temas são trabalhados durante o curso.
Além disso, o treinamento aborda tipos de massagens para que o companheiro possa aliviar as dores lombares e cãimbras das gestantes, alimentação e atividades físicas, técnicas específicas de respiração e posionamento durante o parto, banho e limpeza do umbigo do bebê, troca de fraldas, aleitamento e formas de acalmá-lo durante as crises de choro. ''A gente procura trazer o máximo de informação possível para eles se sintam seguros durante o processo'', menciona.
''Tem vários casais, por exemplo, que não sabem a importância da realização do exame de urina, a cada três meses, para diagnosticar, precocemente, a infecção urinária. E, no entanto, ela é uma das principais causas dos abortos prematuros'', observa, completando que a maioria das gestantes tende a associar o desejo constante de ir ao banheiro somente às mudanças do organismo e não a uma possível doença.
No que diz respeito à relação mãe e bebê, a enfermeira enfatiza a necessidade de que as mamães alimentem-se bem, pratiquem atividades físicas leves, seguindo sempre a orientação do obstetra para o momento ideal de interromper as atividades. Ela explica que além de garantir a saúde física, a gestante pode garantir o bem-estar e desenvolvimento emocional da criança, conversando, acariciando a barriga e colocando músicas tranquilas para a criança ouvir. ''Tudo o que a mãe sente a criança também sente e por isso a importância dela valorizar esse pequenos momentos de intimidade com o bebê'', diz.
Hora do parto
Segundo ela, a hora do parto é outro um momento que amedronta muitos pais de primeira viagem. Contudo, ela acrescenta que dicas simples podem trazer mais segurança ao casal. ''Se o parto for normal, é importante que os pais tenham calma e não saiam desesperados para o hospital. Respirem, organizem as coisas que precisam colocar no carro e aguardem o melhor momento para ir'' orienta. ''Se chegam cedo demais no hospital, terão que ficar esperando, e isso só traz mais angústia.''
Ainda sobre o parto, ela completa que a presença do marido e seu apoio podem aliviar e muito as dores da companheira. ''Existem até algumas massagens que a gente ensina para que ele faça na barriga dela, o que pode ajudar no alívio do nervosismo também.''
Após o nascimento do bebê, a enfermeira obstetra detalha que o apoio do pai passa ser ainda mais que especial. Kátia explica que a participação paterna no processo de aleitamento do bebê pode fazer toda diferença para o bem-estar da mãe e do recém-nascido.
''O marido pode, por exemplo, ajeitar uma almofada nas costas da esposa ou mesmo alimentá-la durante a amamentação; atender as visitas no momento da amamentação; colocar o bebê para arrotar; ajudar nos cuidados com a casa; trocar a fralda; levar para passear e muitas outras coisas'', salienta.
Serviço - As inscrições para o curso de Orientação de Gestantes e Companheiros podem ser realizadas até o dia 31 de agosto. Mais informações pelo fone (43) 3375-7496 ou 33757462; e-mail [email protected]