Imagem ilustrativa da imagem Começa implantação do Cidade Iluminada
| Foto: Gina Mardones



A Sercomtel Iluminação iniciou a instalação de conjuntos de iluminação nas vias públicas de Londrina. O serviço contempla a primeira fase do programa Cidade Iluminada, na qual está prevista a substituição de mais de 23 mil pontos de iluminação, com a troca de lâmpadas de vapor de mercúrio ou de sódio por LED. A ordem de serviço para a implantação do programa foi assinada nesta quinta-feira (21) e os trabalhos devem durar 30 meses, com um investimento de mais de R$ 42 milhões.

O trabalho começou nesta quinta na avenida Saul Elkind (zona norte). Neste primeiro dia foi feita a troca de oito unidades. Segundo a arquiteta e gerente de Planejamento e Projetos da Sercomtel Iluminação, Marcela Ribeiro, o projeto partiu da necessidade de resolver o problema de iluminação antiga no município. Um mapeamento indicou 46 mil pontos de vapor de mercúrio ou de sódio que, além da baixa potência, não tem uma boa distribuição fotométrica. "A proposta se iniciou já colocando o LED, uma tecnologia nova, mas que está bem mais acessível hoje em dia", disse.

Conforme o programa, serão três modelos de luminárias, com três potências diferentes para atender as diferentes classificações de via. "Avenidas de maior fluxo terão luminárias mais potentes. Vias locais, iluminação com menor potência", explicou a gerente.

Dos 56 mil pontos de iluminação existentes no município, 46 mil deverão ser substituídos, mas nesta a primeira fase compreende 23.344 pontos de iluminação pública distribuídos em 45 ruas e avenidas, priorizando as vias com unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento e escolas. O custo é de R$ 42.464.424,15, provenientes do Cosip (Custeio o Serviço de Iluminação Pública). "O projeto todo prevê 46 mil pontos e um investimento em torno de R$ 86 milhões, com prazo de conclusão de cinco anos. Mas na primeira fase serão 23 mil pontos e os trabalhos devem ser concluído em 30 meses", destacou o presidente da Sercomtel Iluminação, Luciano Kuhl.

O prefeito Marcelo Belinati ressaltou que o programa "vai mudar a cara de Londrina" e que as lâmpadas de LED, além de serem mais potentes, permitem um consumo menor de energia, resultando em economia para o município. "A prefeitura paga R$ 1,4 milhão por mês para manter a iluminação pública. Com a mudança, esse gasto será reduzido em 40% e o valor economizado poderá ser reinvestido no próprio sistema de iluminação."

POPULAÇÃO

A população aprovou a mudança. O aposentado José Bento, morador do jardim Itapoá (zona norte), conta que mora há 14 anos no bairro e desde que se mudou para lá, as lâmpadas são as mesmas, de vapor de sódio, com luz amarelada. "É ruim para a segurança da população porque aquelas lâmpadas não iluminam direito. E depois, a gente paga pelo serviço e é obrigado a andar no escuro", reclamou.

O segurança Elias Bispo dos Santos, morador da vila Romana (zona leste), considera válidas as melhoras no sistema de iluminação pública, mas preferia que as mudanças começassem pelos bairros. "A Saul Elkind não tem comércio aberto à noite. Onde eu moro as ruas são escuras e há 24 anos é assim. Para a sociedade é muito importante fazer a troca das lâmpadas porque a segurança vem em primeiro lugar, mas tem que fazer a poda das árvores também para ter uma boa iluminação", cobrou ele.

As primeiras lâmpadas utilizadas em Londrina eram de vapor de mercúrio, mais claras, mas com alto consumo de energia e uma iluminação não muito eficiente. Com o tempo, vieram as lâmpadas de vapor de sódio, que garantiram uma iluminação mais eficiente com redução no consumo, mas por ter uma coloração amarelada, não permite uma boa identificação de cores. A melhora da iluminação aliada à redução do consumo deve vir agora, com as lâmpadas de LED.