O primeiro dia útil na segunda maior cidade do Paraná com a vigência das medidas restritivas decretadas pelo Governo do Estado foi com movimento reduzido, principalmente, no Terminal Central. Nesta segunda-feira (1º), a frota do transporte coletivo de Londrina rodou em sua totalidade. As linhas que costumam circular cheias, como a 213, por exemplo, seguiu com todos os assentos ocupados, entretanto, com lotação bem menor em relação ao que os passageiros encontram rotineiramente.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina tem movimento reduzido em 1º dia útil com restrições
| Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

As regras não atingiram o dia a dia da doméstica Márcia Damasceno. “Apesar do meu serviço não ser essencial, fico dentro da casa dos patrões e só saio para ir e voltar para casa. Imagino que por conta disso é para ir normalmente”, declarou. A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) informou que poderão ser promovidas alterações nas linhas dos ônibus a partir de terça-feira (2), dependendo da análise de uso.

Com os mercados podendo funcionar normalmente, por ser classificado como atividade de disponibilização de insumos à cadeia produtiva, o empacotador João Paulo Santos acordou cedo para se deslocar até o estabelecimento. “Moro na zona norte e o mercado fica na região sul. São dois ônibus para chegar onde preciso. Dá medo, porque estamos num momento difícil da pandemia de coronavírus, mas dependo do serviço, ou seja, não tem jeito de ficar em casa”, relatou.

BANCOS CHEIOS

Na área central, coração da cidade, as ruas estavam mais vazias se comparado com um dia “normal”, sem restrição de circulação. No Calçadão, a presença de transeuntes também foi menor, o que não impediu que as pessoas saíssem de casa. Na frente das agências bancárias foi possível encontrar filas, muitas delas longas e sem respeitar o distanciamento mínimo apontado pelas autoridades em saúde. A maioria dos clientes era idosa.

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| Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

“Começo de mês, tenho que receber o benefício e resolver outras questões e só consigo vindo até o banco. Não é o mais indicado, porém, têm atividades em que não temos escapatória. Fizeram decreto, mas esqueceram de colocar sobre os bancos atenderem mais rápido para evitar aglomeração. Sempre tem fila grande. Aí fica difícil", comentou o pedreiro aposentado Jeremias Sabino.

DELIVERY

Com o comércio sendo obrigado a fechar as portas, algumas lojas encontraram formas para não ficarem sem vender. Cartazes foram colocados nas portas destacando a possibilidade da entrega dos produtos. Se tem demanda, os funcionários precisam estar presentes. “É estranho, porque uma parte fica em casa, outra trabalha e se arrisca nos ônibus, na rua em si. Não sei se essas determinações vão surtir o efeito que precisa para aliviar os hospitais, mas são importantes”, opinou a vendedora Adriana Moraes.

ALIMENTAÇÃO

As lanchonetes e restaurantes situadas na avenida Paraná e no entorno abriram, entretanto, apenas para retirada no balcão. Para evitar problemas, alguns deixaram as cadeiras em cima das mesas ou delimitaram os espaços com faixas. Pelo menos duas viaturas da Polícia Militar fizeram ronda pelo Calçadão durante a manhã de segunda-feira. As medidas restritivas devem ser cumpridas até o dia 8 de março.

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