A Secretaria Municipal de Saúde divulgou boletim sobre a situação da dengue em Londrina nesta quinta-feira (8). O relatório confirma mais uma morte em decorrência da doença. Uma paciente do sexo feminino faleceu aos 51 anos, no dia 10 de abril, durante internação em hospital de Londrina. Moradora da zona norte, ela sofria de doenças crônicas (hipertensão e obesidade) e procurou o hospital diretamente quatro dias antes do falecimento, sendo encaminhada para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no dia seguinte. Com mais esse caso, a cidade acumula cinco óbitos por dengue, em 2025.

Desde a primeira semana de janeiro Londrina tem 14.326 notificações para a doença. Desse total, 2.271 foram confirmados e 7.677 descartados. Continuam em análise outros 4.378 casos, que permanecem em andamento.

O boletim epidemiológico também trouxe dados sobre os casos de chikungunya. Com cinco notificações, a cidade confirmou apenas um caso importado, ou seja, diagnosticado em Londrina porém contraído fora da cidade. Três casos permanecem em análise e um foi descartado.

MAPA DE INCIDÊNCIA

Segundo o mapa que apresenta a incidência de casos por área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), desde a semana passada houve crescimento de notificações nas regiões do Milton Gavetti e Novo Amparo (zona norte), Ouro Branco, Cafezal, Jamile Dequech e União da Vitória (zona sul). E a incidência de casos está classificada como “elevada” no distrito de Maravilha.

Para o gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Nino Ribas, a cidade vive um momento de alerta para a dengue. “Temos um número de casos notificados e positivos dentro da média histórica do município. Então estamos em um cenário em que a população tem que manter a atenção e remover os criadouros dos quintais. Vimos, pelo mapa de incidência de casos, que a região oeste, que antes nos chamava muita atenção, está mais tranquila após as ações intensificadas. Agora temos um olhar para a zona sul, a região do Ouro Branco, que teve um aumento nessa última semana”, avaliou.

AÇÕES ESTRATÉGICAS

Para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, chikungunya e zika vírus, o setor de Vigilância Ambiental da SMS tem intensificado as ações estratégicas. As atividades são realizadas diariamente, e incluem vistorias em imóveis e bloqueio de focos. Esse trabalho abrange imóveis residenciais, comerciais e terrenos baldios, com o objetivo de identificar e eliminar criadouros do mosquito. A aplicação de larvicidas e inseticidas é feita em depósitos de água que não podem ser eliminados e, quando necessário, as equipes realizam a nebulização com inseticidas em áreas com maior concentração de casos ou surto identificado, com o objetivo de reduzir a população adulta do mosquito.

Armadilhas (ovitrampas) são instaladas em diferentes regiões para captura de ovos do mosquito. Essa ferramenta permite identificar os bairros e locais com maior risco e direcionar ações prioritárias. Os agentes realizam, ainda, campanhas educativas e de mobilização social, para orientar os moradores sobre a importância da eliminação de criadouros domésticos, como recipientes com água parada, vasos de plantas, calhas entupidas e caixas d’água destampadas. Também são realizadas visitas domiciliares com entrega de material informativo.

Além disso, em parceria com diferentes órgãos municipais, como a Secretaria de Educação e Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), são realizados mutirões de limpeza, roçagem de terrenos e recolhimento de inservíveis, especialmente em áreas com maior incidência de casos.

(Com informações do N.Com)

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