A secretaria de Saúde de Londrina confirmou, nesta quinta-feira (6), mais duas mortes em decorrência na dengue na cidade. Agora, são três óbitos neste ano pela doença, sendo o primeiro de um idoso de 93 anos. As últimas vítimas fatais são um homem de 59 anos, que morava no CSU (Centro Social Urbano), na área central, foi atendido no Hospital da Zona Norte a apresentava como comorbidades hipertensão e diabates, e uma mulher de 62 anos, que residia no conjunto Aquiles Stenghel, zona norte, foi internada no HU (Hospital Universitário) e tinha como doenças preexistentes pressão alta. Ambos foram a óbito na semana passada.

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Os casos confirmados de dengue também dispararam, chegando a 1.986. São outros 12.449 notificados, 2.574 descartados e 7.889 que ainda aguardam resultado. Esta grande quantidade de doentes coloca o município em epidemia. “A dengue é uma doença séria em que observamos que os casos começam a se agravar e, consequentemente, o número de óbitos passa a aumentar. As últimas mortes são de pessoas que após iniciados os sintomas, rapidamente evoluíram para o quadro grave”, alertou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde.

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do jardim Sabará, na zona oeste, segue atendendo de forma exclusiva casos suspeitos e confirmados de dengue, entre os prontos atendimentos. O secretário destacou que as UBS (Unidades Básicas de Saúde) também estão recepcionando os pacientes com sintomas. “É evidente que a pessoa pode chegar em um posto de saúde, precisar passar pelo médico e após avaliação da equipe de enfermagem não ter a consulta no dia, porque os atendimentos nas UBS são agendados. Aí sim ela pode ser encaminhada para a UPA. Mas o acompanhamento, que fazemos por sete a dez dias, na maioria das vezes é feito nos postos”, explicou.

No momento não está sendo avaliada a possibilidade de outra unidade 24 horas exclusiva para casos de dengue. O município, assim como outras cidades do País, ainda não tem à disposição o fumacê, que é enviado pelo Ministério da Saúde. Já o veículo usado para aplicar o veneno é da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). “O pouco (veneno) que temos no momento, que é algo em torno de 40 a 50 litros, estamos usando em bomba costal para fazer bloqueios.”

MUTIRÃO

No sábado (8) haverá mutirão de limpeza no Hilda Mandarino e Ouro Verde, região norte, e no Guilherme Pires, leste. “Analisamos as regiões que tiveram nos últimos dias mais que um caso confirmado na mesma rua ou quarteirão e os agentes farão o bloqueio com a remoção manual de criadouros pequenos, aplicação do fumacê em menor escala, com a bomba costal, e vistoria nos imóveis que não conseguimos durante a semana, já que os moradores estão trabalhando”, explicou.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina tem mais duas mortes confirmadas por dengue
| Foto: Divulgação secretaria municipal de Saúde

Atualmente, estão com incidência crescente de casos as áreas dos jardins Santiago, o conjunto Chefe Newton, Vivi Xavier, Ruy Virmond Carnascialli, Aquiles Stenghel, Parigot de Souza, a Vila Nova e o Maracanã. Cerca de 98% dos focos do mosquito Aedes aegypt estão nas casas.

PARANÁ

Nesta semana, o novo boletim epidemiológico da Sesa confirmou mais 2.930 casos e um óbito por dengue no Paraná. Somente nesta semana foram registradas mais de 16 mil notificações de novos casos suspeitos da doença. Desde o início do atual período epidemiológico, em agosto de 2022, são 102.021 notificações, 48.128 casos descartados, 14.032 casos confirmados e 12 mortes.

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