A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) registrou aumento nos casos de vandalismo contra estruturas públicas nos últimos meses em Londrina. Somente em relação a placas de sinalização ou indicativas são aproximadamente 20 depredações mensais, gerando prejuízo para o erário público e, por consequência, para a população. Em muitos casos, os criminosos levam a armação de ferro.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina tem 20 atos de vandalismo contra placas por mês
| Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

“Infelizmente nossa cidade tem sofrido com esses tipos de ações. Temos tido vandalismos de todas as ordens, desde pichações, depredação de equipamentos públicos: parquinhos, academias ao ar livre, prédios, além de furtos de placas, botoeiras de semáforos. Até mesmo quebra de sinaleiro, de simplesmente jogarem pedra e arrebentarem o aparelho”, relatou Marcelo Cortez, presidente da companhia.

Revitalizado recentemente, o CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados), no jardim Santa Rita, na região oeste, já teve os muros pichados e os brinquedos usados pelas crianças avariados. Os grafites que foram mantidos nas paredes durante os serviços de melhorias agora contrastam com os rabiscos criminosos. “É uma pena. Um lugar tão bonito, um bem para a população, alvo de pessoas que não têm respeito e consideração. O dinheiro de quem faz isso que também é desperdiçado”, lamentou a dona de casa Soraia Costa.

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| Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

Os casos de pichações se repetem no viaduto da avenida Dez de Dezembro, da PR-445 e na praça Marechal Floriano Peixoto, no Calçadão. Os abrigos de ônibus que fazem parte do projeto do Superbus também são alvos constantes dos vândalos. Na avenida Leste-Oeste, vários pontos foram danificados. Um deles, por exemplo, teve os vidros quebrados e os que restaram foram pichados. “Deixa a cidade feia. Não é só com estrutura pública não. Muros de residências e lojas também são pichadas por irresponsáveis”, apontou o porteiro José Ventura.

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| Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

FLORES FURTADAS

Até flores plantadas nas rotatórias são furtadas, como no cruzamento da avenida Waldemar Spranger com a rua Bélgica, na zona sul. Vários buracos se formaram nos canteiros e as mudas tiveram que ser repostas. De acordo com Cortez, nem sempre a substituição das estruturas destruídas é imediata. “Tão logo sabemos do problema, nossas equipes se deslocam, mas infelizmente a cidade é grande. O número de vandalismo diário também é grande. Temos tentado dar conta daquilo que é possível, dentro do melhor tempo possível.”

PRISÃO E MULTA

A CMTU informou não ter um levantamento sobre gastos com os reparos, já que são os próprios servidores que arrumam, com materiais já adquiridos. O presidente do órgão destacou que as forças de segurança auxiliam no intuito de coibir os atos danosos. “A GM (Guarda Municipal) tem feito ronda nos locais com reincidência, a PM (Polícia Militar) tem ajudado. O que pedimos é a colaboração do cidadão. Temos feito nosso trabalho, mas a prática de vandalismo tem atrapalhado”, afirmou.

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| Foto: Divulgação CMTU

Quem for identificado envolvido na prática de vandalismo pode ser denunciado por uma série de crimes. A pena prevista para associação criminosa é de um a três anos de reclusão, podendo chegar a 4,5 anos se houver a participação de criança ou adolescente. De dano ao patrimônio público de seis meses a três anos, além de multa, com valor de até R$ 6,2 mil.