Uma das figuras mais emblemáticas da noite londrinense, Willian Amador Bueno Moraes, o dono do Vilão Bar, morreu na manhã deste domingo (31). Ele estava internado há alguns dias e faleceu por complicações do diabetes. Nas redes sociais, amigos e ex- frequentadores do bar se despedem de Moraes e compartilham boas lembranças.

"Ele era um artista, uma alma sensível. A paixão dele era o bar, o Vilão era ele", comenta a amiga da família, Fernanda Vicentini Hatti. O último contato que os dois tiveram foi no final do ano passado, durante uma internação de Willian pelo agravamento da doença crônica. "Ele estava desanimado, até porque o bar foi uma perda enorme para ele. Ele não existia sem o bar e resistiu muito para vendê-lo", diz.

Em março de 2020, quando o Vilão Bar estava prestes a fechar as portas após 42 anos de boas músicas, comidas e muitos encontros, Moraes deu uma entrevista à FOLHA, revelando algumas curiosidades como, por exemplo, o trabalho que teve para transportar a caixa registradora de São Paulo para Londrina. O 'namoro' com a relíquia de 1918 começou há 45 anos e talvez seria a única peça que Moraes levaria com ele, após o fechamento da casa.

Moraes deixa cinco filhos e milhares de lembranças entre todos que um dia já passaram pelo Vilão. Uma das amizades que Moraes cultivava era a do Valdomiro Chammé, dono do Bar Valentino. "O Willian foi um dono de bar desde o primeiro dia. É comum a gente ver em bares tradicionais, uma sucessão, como é o meu caso no Valentino. Antes de eu assumir o bar, eu frequentava o Vilão. Sempre fomos amigos. Quando ainda ficávamos na avenida Bandeirantes e éramos o último bar a fechar na cidade, ele saía do Vilão e ia para lá bater um papo. Ele era uma pessoa muito agradável", lembra.

O velório será neste domingo (31), às 15h, no Crematorium Londrina.

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